A arrogante e presunçosa Dilma Vana Rousseff se transformou numa pálida lembrança daquela mulher que se julgava uma gerentona, capaz de conduzir este país aos rumos do desenvolvimento econômico e da justiça social. Hoje, a suposta doutorada em Economia não significa mais nada, foi obrigada a terceirizar o Ministério da Fazenda para um executivo do grupo Bradesco que nem constava da linha de frente da corporação, pois não integrava o Conselho Administrativo nem a Diretoria, e o nome dele não aparecia nem mesmo entre os executivos principais, estava no quarto escalão.
De fato, Joaquim Levy não é nenhuma sumidade e trabalhava apenas como gestor de um dos fundos de investimento menos procurados do Bradesco. Foi escolhido para o ministério apenas por ser o único que já tivera experiência governamental, como Secretário do Tesouro no início do primeiro governo Lula.
Depois de entregar a Economia ao inimigo do PT, Dilma Rousseff se viu obrigada a abrir mão também da articulação política de seu governo, que ficou a cargo do vice Michel Temer, que ela desprezou solenemente durante seu primeiro mandato de quatro anos. De repente, o veterano político paulista, que nunca foi bom de voto mas é mestre nos bastidores, passou a ser a solução para refazer a base aliada do governo.
Já se preparando para assumir o poder “in totum”, Temer vai embromando enquanto pode, porque sabe ter recebido uma missão impossível, porque ninguém acredita mais em Dilma Rousseff, seu tempo já passou e ela nem percebeu.
Realmente, o governo não tem mais salvação, respira por aparelhos, entrou em estado terminal e não há marqueteiro que dê jeito.
A presidente da República não pode mais sair dos palácios, está refém de si mesma nos quatro quilômetros que separam o Planalto e o Alvorada.
Para a família Rousseff, o final de semana prolongado foi um desespero. A presidente viajou para Porto Alegre, disposta a brincar com o neto e espairecer. Na sexta-feira, estava na casa do ex-marido quando foi surpreendida com um protesto popular do lado de fora. Preferiu ir para o seu apartamento, mas no dia seguinte a cena se repetiu, com outra manifestação. Dilma então pegou o Aerolula e voltou para Brasília, para reassumir o papel da pobre menina rica que vive em palácios, mas não pode sair às ruas.
O pior é que esta decadência é marcada por um repúdio que está se alastrando. No domingo, pela primeira vez nas últimas décadas, a abertura oficial da maior feira pecuária do país, a Expozebu, em Uberaba (MG), não teve a presença de presidente da República nem de governador do Estado. Dilma e Fernando Pimentel desistiram de comparecer. Mesmo assim, houve protesto contra o governo, com buzinas e apitos, cartazes e faixas pelo impeachment, mensagens contrárias ao PT e pedindo o combate à corrupção.
Hoje à noite o PT exibe na televisão o programa institucional do partido. Pela primeira vez, a presidente não participará nem será exibida qualquer imagem dela. O objetivo é evitar o panelaço que ficou acertado de ser feito toda vez que ela aparecer em rede nacional de TV.
Sonhar ainda não é proibido. Os dirigentes petistas podem sonhar o que quiserem. Mas o fato é que logo despertarão, tal o barulho do panelaço, que sempre se mistura com o buzinaço dos automóveis. Para os petistas, será um pesadelo que ficará para sempre marcado, porque nunca antes, na História deste país, se viu nada igual.
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