quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O líder se protege do povo


“Quero paz e democracia, mas eles não querem. Mas também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas!”
 (incitação à violência é crime, Lula)

O convescote promovido pelo PT e entidades afiliadas, na sede da Associação Brasileira de Imprensa, na noite de terça-feira, no Rio, num ato em defesa da Petrobras, fez Lula sentir que não é o mesmo Cara de outros tempos.

O que deveria ser uma demonstração de força política e popular se mostrou apenas uma tímida reunião para o chefão falar suas costumeiras banalidades. A plateia, composta pela velha turma de descarados, aplaudiu certamente o espetáculo de um ex-presidente envilecido, que não passa de um pelego.

Nem as lideranças fluminenses afiliadas foram lá prestar suas condolências por um carismático líder sindical que hoje parece aqueles ditadores das antigas republiquetas.

Nas ruas, o que se viu foi a militância petista partindo para o pau, como ordenou o chefão que disse também saber brigar. E não é a primeira vez que o partido mostra suas tendências "militares" .

O velho líder, abrigado em carro blindado, com escolta policial, para não ter que se sujar com a manifestação na rua, talvez tenha tido tempo suficiente para pensar sobre o destino que deu à própria biografia. Dentro do blindado, talvez pensasse que não é mesmo aquele que comandava as massas. Hoje se protege do povo como aqueles tiranos latinos. Sem tirar nem por, é um fantasma de caudilho. 

Talvez agora pense melhor na herança que vai deixar, a mesma que aqueles deixaram: o desprezo pelos descendentes. Uma punição eterna nas páginas da História como criminoso.

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