Foi mais uma vez protelada a divulgação da lista do procurador Rodrigo Janot, no caso, a segunda, quando nem a primeira é conhecida. Deputados, senadores e ministros andam apavorados com a perspectiva de ter seus nomes conhecidos, na semana que vem. Mas também confiam em que, de novo, mudarão a lei para escapar de incriminações.
Outra sombra a pairar sobre a Praça dos Três Poderes refere-se ao futuro. Nas eleições do ano que vem, quando a maioria disputará a reeleição, estão proibidas as doações por empresas. Campanhas milionárias, só por candidatos milionários. Como a maioria parlamentar disputará as preferências do eleitor? O fundo partidário não chegará para todos, talvez nem para os caciques. A quase totalidade das empresas, com as empreiteiras à frente, decidiram não abrir os cofres. Resultado: choro e ranger de dentes…
Quantos governadores integram a lista? Se forem os 27, não haverá surpresa. Mas uns poucos escaparão. Não muitos, porque as empreiteiras agiram nos Estados até com mais desfaçatez. Sofrem os que pretendiam candidatar-se à reeleição, abrindo-se para eles a frustração de buscar outros caminhos.
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