Trata-se de uma missão conjunta das agências da Europa (ESA) e dos Estados Unidos (NASA), com o objetivo de estudar o que aconteceria com um asteroide perigoso se o atingíssemos para desviá-lo de sua trajetória. O projeto, denominado Avaliação de Impacto e Desvio de Asteroides (AIDA, na sigla em inglês) tem duas partes complementares: os norte-americanos atingem o asteroide e os europeus observam. O que os cientistas reivindicam numa carta à conferência ministerial da ESA é que esta agência financie a parte europeia, batizada de AIM (Missão de Impacto de Asteroides), que ainda está no ar. A decisão será tomada neste final de semana em Lucerna (Suíça).
Segundo Licandro, a missão europeia terá três eixos. O mais evidente é o já mencionado sobre segurança, ou seja, entender como proteger a Terra contra objetos potencialmente perigosos. O segundo eixo é o conhecimento sobre asteroides obtido a partir da observação do sistema binário, que dará pistas sobre a formação do universo. A missão também testará, pela primeira vez, um sistema de comunicação a laser desenvolvido pelo IAC. “É muito mais efetivo e rápido que os sistemas de rádio usados habitualmente”; diz Licandro.
Sem a AIM e sua comunicação a laser, ainda seria possível acompanhar o impacto da Terra, mas seria perdida grande parte da informação decorrente do choque do DART contra o asteroide. Essa comunicação via laser é uma grande oportunidade para que organismos e empresas espanholas desenvolvam a tecnologia. O IAC também fornecerá uma câmera térmica para a missão. Ao lado de Licandro, Julia de León e Miquel Serra-Ricart integram a equipe do IAC que também faz pressão para que a ESA aprove a missão.
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