O Brasil está num atoleiro. Somos uma nação que vive todos os dias o desafio de evitar que o barco se afunde irremediavelmente. O governo e nossas instituições suportam um desgaste político comandado por uma oposição errante, indigente de propostas, de ações e de exemplos. Apenas submergem, governo e toda nação, às manobras diárias de um Congresso comandado pela liderança do senador Renan Calheiros e do deputado Eduardo Cunha, que dispensam, ambos, por suas biografias e patrimônios pessoais, maiores apresentações.
Nosso empresariado se acostumou a transferir aos governos suas responsabilidades genuínas e reparar sua inércia com favores, renúncias e a ilusão de mercados criados artificialmente, de juros subsidiados, de anistias fiscais. Às representações sindicais, o governo responde com o afago de concessões desmedidas, acentuando uma realidade equivocada e abissal. Não há ações de geração de emprego, promoção e aperfeiçoamento das relações de trabalho. Empregar no Brasil é caríssimo, e, paradoxalmente, todos perdem – patrões e empregados – por falta de gestão e políticas públicas adequadas.
O processo generalizado de corrupção e fraude – presente em quase todo ato administrativo e que envolva o poder e o interesse público, com toda ação do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público – está longe de ser eficaz. Todos os dias, um escândalo maior sucede e supera o golpe em investigação. E, assim, vamos conhecendo novos larápios e suas contas no exterior, recheadas com o que arrecadaram como remuneração de sua corrupção.
Para não esquecer as “bolsas-tudo” – cujo passivo não está no que sangra do orçamento, mas na acomodação que gera, definitivamente, anestesiando o já precário esforço de parcelas da sociedade em buscar no trabalho o sustento de suas demandas.
Com esse tímido inventário de nossas falências, que importância tem a frase do ministro Joaquim Levy sobre o que é e como se comporta a presidente Dilma?
Luiz Tito
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