quarta-feira, 30 de março de 2016

O PT e o comprovado ódio à democracia

Não pensem que a promessa do PT e seus satélites de criar o inferno na terra se a presidente Dilma for impichada e Michel Temer assumir a Presidência é só uma reação intempestiva de quem está prestes a perder uma boquinha fabulosa.

Para ficar na máxima de Polônio sobre Hamlet (Shakespeare), isso não é loucura. É método mesmo.

Quando foi que Lula e seus sequazes acataram a alternância de poder? Ora, a frase que nega, por excelência, a democracia e a história é aquela que virou um bordão de Lula, não é mesmo? “Nunca antes na história deste país.”

O “nunca antes”, de saída, elimina a existência da história. Para Lula, os eventos se dão sem condicionantes prévias, sem contexto, sem escala evolutiva, sem nada.

Assim como a deusa da sabedoria, Palas Athena, foi parida abrindo-se a cabeça de Zeus, Lula deu ao Brasil tudo o que há.

A arrogância do demiurgo é tal que ele julga nos ter dado até um passado. Ou ele não voltou a dizer a sindicalistas há dias que o PT está no poder “há só quatro mandatos”, enquanto seus adversários estão por aí há mais de 500 anos?

Não! Não pensem que os petistas estão agastados com o impeachment em si. Eles nunca aceitaram nem mesmo perder eleições.

O que foi a campanha escandalosamente mentirosa de 2014? Se Aécio Neves vencesse, adeus programas sociais! Se Marina ganhasse, não haveria bife no prato dos brasileiros. Em qualquer dos casos, os juros iriam para a estratosfera, a inflação dispararia, o desemprego cresceria, e os pobres seriam punidos. A tudo isso, o PT chamava “retrocesso”.

Retrocesso só das ditas conquistas sociais? Não! Retrocesso da democracia. Ou por outra: a vitória do adversário implicava, segundo os valentes, a perda de direitos sociais e o rebaixamento da cidadania.

O que isso quer dizer? O óbvio: ódio à democracia. Nós todos sabemos do que são capazes para vencer eleição. Um deles já vocalizou que, na disputa eleitoral, feio é perder. A própria presidente Dilma, então candidata, admitiu que, durante a disputa, “faz-se o diabo”.

O PT apela ao diabo para continuar incrustado no estado. Esse é o fato. Chama agora de golpe o que antes chamava de retrocesso.

Em qualquer dos casos, o que há é ódio à democracia. Puro e simples.

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