terça-feira, 29 de setembro de 2015

À espera da reforma medíocre e limitada de um governo ruim

De volta de Nova Iorque, depois de abrir mais uma Assembleia Geral da ONU, a presidente Dilma Rousseff deverá conferir prioridade ao desfecho da reforma do seu ministério.

Trata-se de uma tarefa que ela mesma se impôs e que se arrasta há mais de 30 dias. No momento em que mais precisa de apoio político, ela pretende cortar 10 dos atuais 39 ministérios.


Não é uma ideia inteligente. Mas Dilma é useira e vezeira em adotar ideias pouco inteligentes. Ou burras mesmo. Age assim devido à sua inexperiência política e à má qualidade dos seus conselheiros.

Do ponto de vista econômico, o corte de 10 ministérios nada significa. É só para que ela possa dizer: “Cortei”. E talvez não corte 10. De alguns deles, se limitará a tirar o status de ministério.

Com o corte e a entrega de seis ministérios ao PMDB, um deles o da Saúde, Dilma imagina reunir votos o bastante para barrar na Câmara dos Deputados qualquer pedido de impeachment contra ela.

O PMDB não lhe assegura votos com tal objetivo. Nem mesmo com o objetivo limitado de recriar a CPMF. Alguns nomes do partido podem particularmente lhe assegurar seus votos.Mas é só.

Dilma procede como em 1992 também procedeu o então presidente Fernando Collor, ameaçado pelo impeachment. Collor reformou seu ministério. E mesmo assim acabou no chão.

Marcas da reforma feita por Collor: a atração de nomes de peso da política e de fora dela; e sua amplidão. Os nomes dos novos ministros de Dilma são medíocres. E a reforma, limitada.

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