Decorridos quatro dias, Lula bateu novamente na porta do STF. Pede que o plenário da Suprema Corte analise seu pedido para suspender as investigações sobre a propriedade de dois imóveis: o tríplex no Guarujá, que Lula diz ter desistido de comprar depois que virou escândalo, e o sítio de Atibaia, que virou escândalo porque ele utiliza mesmo sem comprar.
Ao criticar o juiz da Lava Jato por ter emitido contra ele uma ordem de “condução coercitiva” até o local do depoimento, Lula tachou a medida de desnecessária. Disse que, como “melhor presidente que esse país já teve”, merecia “mais respeito”. “Bastava o Moro me convidar, que eu iria a Curitiba. Eu adoro Curitiba.”
Num comício de desagravo realizado no Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Jararaca rosnou: “Cutucaram o cão com vara curta. Eu quero oferecer a vocês esse jovem de 70 anos de idade, com tesão de 30, corpo de atleta de 20 anos. […] A partir de hoje, a única resposta à insolência e ofensa que fizeram a mim é ir pra rua e dizer: ‘Eu tô vivo e sou mais honesto que vocês’.”
Com sua nova petição ao STF, a Jararaca revela-se capaz de tudo, menos de dar explicações. No escurinho dos escaninhos da Justiça, a valentia é substituída pela fuga. A cobra criada do PT não tem nada a temer, salvo o próprio medo. Sofre de Morofobia.
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