quarta-feira, 1 de julho de 2015
Governo vegetal
Dona Dilma, a terrorista de outrora, depois de um tratamento para emagrecer, parece que se deu mal com algum remédio, quem sabe um “anomirineronético”, que com esse nome pode ter provocado um efeito rebote ou empenado de vez “as suas ideias”...
Falando para um pequeno público que a aplaudia, lascou esta pérola: “Hoje nós estamos comungando a mandioca com o milho e certamente nós teremos uma série de outros elementos que foram essenciais para o desenvolvimento das civilizações ao longo dos séculos. Acho que a mandioca é, sem dúvida, uma das maiores conquistas do Brasil”. E, com ar professoral, mostrou uma bola feita de folhas de bananeira e solenemente proclamou: “Quando nós criamos uma bola desta, nós nos transformamos em homo sapiens ou mulheres sapiens”.
Bem, eu nunca pensei nisso. Sempre considerei a mandioca comida de jegue... Parece o samba do crioulo doido, do inesquecível Sérgio Porto, mais conhecido como “Lalau Ponte Preta”, que descreve como Chica da Silva obrigou a princesa Leopoldina a se casar com Tiradentes, e este, depois de eleito como Pedro II, procurou o padre Anchieta, e, juntos, Anchieta e Dom Pedro proclamaram a escravidão.
Numa entrevista neste último fim de semana ao jornal norte-americano “The Washington Post”, a presidente, em resposta ao jornalista que havia perguntado qualquer coisa sobre dificuldades do seu governo pelo fato de ser mulher, respondeu: “Há, sim, um pouco de preconceito sexual na forma como é descrita a minha forma de governar...” Parece até que só pensa naquilo, como diria o saudoso Chico Anysio em um dos seus personagens.
Às vezes, penso que Dona Dilma sofre de um tipo de “daltonismo político” e enxerga verde o que é vermelho... Será que – numa boa – não é hora de uma interdição? Há muito tempo, e lá se vão mais de 50 anos, quando estudava direito romano, me lembro de qualquer coisa, no capítulo da curatela, que enquadrava isso como “cura furiosi”.
Sei não, mas a América do Sul precisa prestar atenção em alguns casos de insanidade mental que estão passando para a opinião pública como sendo característica dos novos tempos, quando, na verdade, trata-se de assunto muito mais sério, para o qual a providência própria seria a curatela.
Enquanto dona Dilma fala aqui, com ar superior, na importância da mandioca para o mundo e a saúda como se estivesse enaltecendo uma criatura humana, na Venezuela, um presidente que se chama Maduro diz conversar com um passarinho que lhe transmite notícias e ordens do finado Chávez. Já no Uruguai, o simpático Pepe Mujica libera maconha, anda num Fusca do século passado e vive às avessas, como diria o Juca Saco dos bons tempos da nossa Salinas. Como pano de fundo, a operação Lava Jato segue, afligindo os ex-confortados...
Sem saída
Não é a primeira vez que o Brasil passa por momentos extremamente difíceis, no período pós 1964. Já vivemos outras crises, mas, ao contrário da atual, vislumbrou-se uma saída e conseguimos atravessar as tempestades.
Assim foi na transição democrática, onde José Sarney assumiu o governo respaldado pelo sentimento dos brasileiros, por quase todos os partidos e por um Parlamento que tinha credibilidade.
No governo Collor, a crise brava tinha certa similaridade com a atual. Era também de natureza ética, econômica e política. Mas ali surgiram ingredientes positivos para a sua superação. As ruas explodiram em descontentamento e o movimento dos caras-pintadas despertou esperanças e orgulho de ser brasileiro, de onde brotou a certeza de que era possível atravessar a tormenta pelo caminho institucional e constitucional.
O Legislativo entendeu os sentimentos das ruas. Cumpriu seu papel através de uma CPI e do impeachment de Collor. Adotada a saída constitucional, todos os partidos responsáveis respaldaram o governo de Itamar Franco. O país pode voltar, assim, à normalidade.
O particular da tragédia atual é que não há um movimento aglutinador em torno de uma saída. Temos um governo extremamente enfraquecido, a três anos e meio do fim do seu segundo mandato. E uma presidente que marcha aceleradamente para a beira do precipício, cercada de crises e pressões por todos os lados.
Nesse mar tormentoso, são grandes os riscos de Dilma Rousseff ceder às pressões de Lula e do PT para tentar emparedar a operação Lava-jato, leia-se o Judiciário, enquadrar a Polícia Federal e rifar o ajuste fiscal de Joaquim Levy.
Para sobreviver, Dilma pode ter uma recaída populista que só espantará mais ainda os investidores externos e os poucos que restam internamente. Puxada para o centro do furacão da Lava-jato, Dilma tende a assumir o discurso belicoso, o que explica suas palavras desvairadas, nos Estados Unidos.
O estado de nervos à flor da pele vivida pela presidente tem suas explicações. Os tribunais de Contas da União e Superior Eleitoral fazem um movimento de “retificação de rumos” que, na prática, significa o fim do jogo de mentirinha tanto na aprovação das contas eleitorais, como das contas da União.
Vai ficando para trás o tempo da aprovação com ressalvas. Os pareceres dessas duas instâncias podem complicar, seriamente, a vida da presidente. E enfraquece-la ainda mais.
Para onde Dilma olhar, só verá coisas ruins. Os dados econômicos deterioram-se rapidamente. Inflação, desemprego, queda do PIB e da renda dos brasileiros, inadimplência, paralização dos negócios.
Não sabemos, sequer, se já chegamos ao fundo do poço. Provavelmente não.
Qual seria o fórum apropriado para se estabelecer uma saída institucional, a exemplo do que aconteceu nas crises passadas?
O Parlamento, claro. Mas este não está à altura do momento histórico. A Câmara dos Deputados, que o diga. Vem operando na contramão ao aprovar medidas populistas sem sustentabilidade, que comprometem a saúde do sistema previdenciário. Registre-se, por uma questão de justiça, que isto tem acontecido com uma mãozinha da oposição, incluindo os tucanos, com raras e honrosas exceções.
Como se fosse pouco, a Câmara adota uma postura jihadista e uma pauta absolutamente extemporânea. E seu presidente resolve tirar da cachola a proposta de parlamentarismo, numa evidente manobra diversionista.
A equação governo cambaleante, errático-Parlamento oportunista, populista e autoritário é o que há de mais particular na crise atual.
Sem quebrar e superar esse binômio continuaremos mergulhados no pântano.
Os brasileiros não merecem isso.
Assim foi na transição democrática, onde José Sarney assumiu o governo respaldado pelo sentimento dos brasileiros, por quase todos os partidos e por um Parlamento que tinha credibilidade.
No governo Collor, a crise brava tinha certa similaridade com a atual. Era também de natureza ética, econômica e política. Mas ali surgiram ingredientes positivos para a sua superação. As ruas explodiram em descontentamento e o movimento dos caras-pintadas despertou esperanças e orgulho de ser brasileiro, de onde brotou a certeza de que era possível atravessar a tormenta pelo caminho institucional e constitucional.
O Legislativo entendeu os sentimentos das ruas. Cumpriu seu papel através de uma CPI e do impeachment de Collor. Adotada a saída constitucional, todos os partidos responsáveis respaldaram o governo de Itamar Franco. O país pode voltar, assim, à normalidade.
O particular da tragédia atual é que não há um movimento aglutinador em torno de uma saída. Temos um governo extremamente enfraquecido, a três anos e meio do fim do seu segundo mandato. E uma presidente que marcha aceleradamente para a beira do precipício, cercada de crises e pressões por todos os lados.
Nesse mar tormentoso, são grandes os riscos de Dilma Rousseff ceder às pressões de Lula e do PT para tentar emparedar a operação Lava-jato, leia-se o Judiciário, enquadrar a Polícia Federal e rifar o ajuste fiscal de Joaquim Levy.
Para sobreviver, Dilma pode ter uma recaída populista que só espantará mais ainda os investidores externos e os poucos que restam internamente. Puxada para o centro do furacão da Lava-jato, Dilma tende a assumir o discurso belicoso, o que explica suas palavras desvairadas, nos Estados Unidos.
O estado de nervos à flor da pele vivida pela presidente tem suas explicações. Os tribunais de Contas da União e Superior Eleitoral fazem um movimento de “retificação de rumos” que, na prática, significa o fim do jogo de mentirinha tanto na aprovação das contas eleitorais, como das contas da União.
Vai ficando para trás o tempo da aprovação com ressalvas. Os pareceres dessas duas instâncias podem complicar, seriamente, a vida da presidente. E enfraquece-la ainda mais.
Para onde Dilma olhar, só verá coisas ruins. Os dados econômicos deterioram-se rapidamente. Inflação, desemprego, queda do PIB e da renda dos brasileiros, inadimplência, paralização dos negócios.
Não sabemos, sequer, se já chegamos ao fundo do poço. Provavelmente não.
Qual seria o fórum apropriado para se estabelecer uma saída institucional, a exemplo do que aconteceu nas crises passadas?
O Parlamento, claro. Mas este não está à altura do momento histórico. A Câmara dos Deputados, que o diga. Vem operando na contramão ao aprovar medidas populistas sem sustentabilidade, que comprometem a saúde do sistema previdenciário. Registre-se, por uma questão de justiça, que isto tem acontecido com uma mãozinha da oposição, incluindo os tucanos, com raras e honrosas exceções.
Como se fosse pouco, a Câmara adota uma postura jihadista e uma pauta absolutamente extemporânea. E seu presidente resolve tirar da cachola a proposta de parlamentarismo, numa evidente manobra diversionista.
A equação governo cambaleante, errático-Parlamento oportunista, populista e autoritário é o que há de mais particular na crise atual.
Sem quebrar e superar esse binômio continuaremos mergulhados no pântano.
Os brasileiros não merecem isso.
A jogada de Lula
Afinal, perguntam Dilma Rousseff, Ruy Falcão, Michel Temer, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra, qual é a jogada de Lula com essa história de que ele e a presidente estão no volume morto e o partido deles, mais abaixo ainda? Será uma crise de sincericídio? Será uma tentativa de pular fora do barco que está fazendo água? Ou apenas de se vingar da indiferença da criatura, que se cerca de velhos adversários do peito, como Aloizio Oliva e Eduardo Cardozo?Ou a mistura disso tudo com uma pitadinha do humor sacana, que lhe é peculiar?
Recentemente, em entrevista a Mino Carta e Gonzaga Belluzzo para a Carta Capital, o ex-presidente me desqualificou como autor do livro O que Sei de Lula alegando que não me conhece nem nunca me viu na vida. Pouco importa. Importa é que o conheço o suficiente para tentar decifrar esse enigma, de vez que ele não é propriamente uma esfinge, embora seja capaz de nos devorar a todos sem hesitação alguma.
Fui muito criticado por direitistas radicais e antipetistas neófitos por ter escrito no livro que ele é o maior político brasileiro da História, batendo o imperador bonachão dom Pedro II e o manhoso caudilho Getúlio Vargas. Talvez tenha chegado a hora de explicar que esse nunca pretendeu ser um elogio – ou pelo menos só um elogio. Ser um bom político, de modo geral, exige de qualquer prócer muitos talentos, algumas qualidades, pouquíssimas virtudes e pelo menos um defeito: mandar todos os escrúpulos às favas. O protagonista deste texto tem uma enorme capacidade de entender os humores da massa e fala a língua do povo como ninguém. Sabe seduzir quem lhe interessa e descartar quem o atrapalha, tendo o dom de iludir. Seu adversário e aliado em horas diferentes, o também populista Leonel Brizola, dizia que para se dar bem ele seria capaz de pisar no pescoço da própria mãe. Lula nem precisou: dona Lidu morreu quando ele preparava sua escalada ao poder como preso político na ditadura. Renega seus erros e adota como dele acertos alheios.
Fui muito criticado por direitistas radicais e antipetistas neófitos por ter escrito no livro que ele é o maior político brasileiro da História, batendo o imperador bonachão dom Pedro II e o manhoso caudilho Getúlio Vargas. Talvez tenha chegado a hora de explicar que esse nunca pretendeu ser um elogio – ou pelo menos só um elogio. Ser um bom político, de modo geral, exige de qualquer prócer muitos talentos, algumas qualidades, pouquíssimas virtudes e pelo menos um defeito: mandar todos os escrúpulos às favas. O protagonista deste texto tem uma enorme capacidade de entender os humores da massa e fala a língua do povo como ninguém. Sabe seduzir quem lhe interessa e descartar quem o atrapalha, tendo o dom de iludir. Seu adversário e aliado em horas diferentes, o também populista Leonel Brizola, dizia que para se dar bem ele seria capaz de pisar no pescoço da própria mãe. Lula nem precisou: dona Lidu morreu quando ele preparava sua escalada ao poder como preso político na ditadura. Renega seus erros e adota como dele acertos alheios.
Sua principal vantagem sobre os adversários não é a desfaçatez com que cinge na cabeça os louros deles, mas a difícil arte de fazer e influenciar amigos sem ter de abrir mão de suas convicções, já que nunca as teve mesmo. Recorre a um sucesso do roqueiro Raul Seixas para traçar o melhor autorretrato de si próprio: “Prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter uma opinião formada sobre tudo”. Com perdão da má gramática, Lula nunca teve opinião formada sobre nada. E treinou a capacidade de seu cérebro de borracha em assembleias sindicais em São Bernardo, nas quais, em vez de conduzir a massa, se deixava conduzir pelos amores e ódios dela. Faz sucesso por nunca contrariar o senso comum.
Quando ele disse a bispos e pastores – e tinha a certeza de que suas palavras teriam a repercussão que tiveram, porque a provocou – que Dilma mentiu quando garantiu que não mexeria em conquistas dos trabalhadores nos ajustes nem assumiria a política dos tucanos, que adotou, sabia que ela não o contestaria. Essa aposta ele ganhou: a presidente afirmou que qualquer um tem o direito de depreciá-la, principalmente Lula, muito execrado por jornalistas. Ela mais uma vez chutou a lógica: só alguém de quem se fala mal pode censurar alguém? Para minha avó, “chumbo trocado não dói”. Mas não era o caso: Lula não criticou a presidente, mas a ofendeu chamando-a de mentirosa. Além disso, ela nunca tinha falado mal dele antes.
Rosângela Bittar, no Valor Econômico, citou a metáfora do “quarto de espelhos”, dando um caráter de autocrítica indireta à afirmação dele de que seu Partido dos Trabalhadores (PT) trocou “um pouco de utopia” por cargos públicos. Só omitiu o fato de o PT não estar sendo acusado de ser o “partido da boquinha” apenas por ter aparelhado a máquina estatal, mas também por ter comandado o maior saque ao erário da História da República.
Pode-se argumentar que a aposta de Lula na amnésia generalizada do povo brasileiro é uma jogada arriscada demais para ele expor o próprio pescoço, agora que não dispõe mais do da mãe para subir na vida. Pode ser. O lance é ousado mesmo, mas não necessariamente suicida, ou melhor, sincericida. Não devemos esquecer que, no meio da crise geral de credibilidade de Dilma, do PT e talvez dele próprio (e ninguém o sabe melhor do que ele mesmo), pesquisa do Datafolha atribuiu a 50% dos brasileiros a convicção de que ele foi o melhor presidente da História. Lula afundou o “pai dos pobres”, Getúlio Vargas, ao inexpressivo patamar de 6%. E a rejeição a ele fez o índice do tucano Fernando Henrique alcançar 15% . Quem apostará numa mudança radical de opinião de metade dos brasileiros até a data da próxima disputa eleitoral, se esta será mais distante do dia em que deu posse ao poste que escolheu do que da época em que a pesquisa foi feita?
Essa cartada de Lula pode ter resultado incerto e, decerto, é desesperada. Pior: ele não tem alternativa a ela. Como corintiano de arquibancada, ele deve ter tomado a decisão de se tornar o líder de oposição com base naquele velho axioma: perdido por um, perdido por mil. Como tem tudo a perder, pode ser que o improvável seja o único jeito de vencer.
Eu não tenho respeito por Dilma
“Eu não tenho respeito por delator”.
A cada dia que passa, aumenta o meu sentimento de repulsa pela “mulher sapiens” Dilma Vana Rousseff. Eu não a odeio e dela não tenho raiva ou qualquer sentimento que possa remeter a atos que seriam ainda mais repulsivos de minha parte. Eu simplesmente não aguento mais ver o rosto, ouvir a voz, não aguento mais as roupas, o cabelo, o sorriso desagradável e o olhar pusilânime e disfarçado de Dilma Vana.
Tudo nela me cheira a “verdades não contabilizadas”. Seus erros aloprados em cascata parecem com a cueca do assessor do Nobre, o irmão do mensaleiro. Seu governo é uma piada de salão.
Ela não maltrata apenas seus funcionários, ministros e demais pessoas que a cercam. Ela é uma presença pesada, desagradável para um país inteiro. Frases desconexas, sentenças mentirosas, gestos agressivos, enfim, Dilma Vana é um desastre completo. Os números de sua gestão não mentem, seja como presidente do conselho da Petrobras ou da República. Um desatino com pernas e cérebro que dão ojeriza a um país inteiro, seja quando pedalam nas ruas, seja quando pedalam com o fisco.
Seus índices de popularidade são tão subterrâneos que até as minhocas já estão reclamando. O PIB, que indica o quanto ficamos mais ricos ou mais pobres, apontam para o centro da terra. A produção industrial cai, as vendas de manufaturados e de automóveis idem. O desemprego, ao contrário, ruma ao espaço, assim como a inflação e os índices de violência nas cidades e no campo. Os indicadores de saúde e educação informam que, no ritmo Rousseff, logo estaremos de volta à idade da pedra polida. Que gestora, que mulher, que presidente!
Eu não posso mais com Dilma Vana Rousseff. Não há dia em que eu não sonhe com sua renúncia, com a hipótese remotíssima de que ela tenha vergonha e recato e peça para sair. É sonho, eu sei. Mas um sonho tão interessante que até o delator Lula (segundo Tuma Jr. em seu livro Assassinato de Reputações) quer vê-la longe. E olha que, se Lula está querendo ver Dilma pelas costas, imagina eu, que estou assanhado para ver Lula atrás das grades.
Tomara que chegue logo o dia em que Dilma passará para a história do Brasil. A era das trevas do Brasil de Dilma não será assim chamada pelo fato dela ter destruído a Petrobras, nem por ter prometido absurdos e ter mentido criminosamente na campanha eleitoral de 2014. A era Dilma será conhecida como a Fase II do período mais corrupto da história da humanidade (a Fase I já pertence a Lula). Sua época será comparada à idade antiga de um país que prometia ser grande, mas que não saiu da idade média, da idade medíocre.
Dilma será conhecida historicamente como “a coveira de 200 milhões de esperanças”.
Vá embora, Dilma Rousseff, por favor. Não há plano que venha a funcionar com liderança tão pífia e inconfiável. Pede as contas, Dilma. O país (ou a grande maioria dele, de norte a sul, de todas as cores e graus de instrução) se ressente da tua presença. Magra ou gorda, não tem a menor importância. Eu até peço desculpas pela minha sinceridade. É que eu não aguento mais. Não vejo futuro para o meu país e me recuso dele sair. Sempre que vejo ou ouço Dilma na televisão, checo a validade de meu passaporte e vistos. Não é assim que eu vivia, jamais foi assim que eu vivi, não quero continuar a viver assim no meu país.
Não se pode mais pedalar Dilma Rousseff
A cada dia que passa, aumenta o meu sentimento de repulsa pela “mulher sapiens” Dilma Vana Rousseff. Eu não a odeio e dela não tenho raiva ou qualquer sentimento que possa remeter a atos que seriam ainda mais repulsivos de minha parte. Eu simplesmente não aguento mais ver o rosto, ouvir a voz, não aguento mais as roupas, o cabelo, o sorriso desagradável e o olhar pusilânime e disfarçado de Dilma Vana.
Tudo nela me cheira a “verdades não contabilizadas”. Seus erros aloprados em cascata parecem com a cueca do assessor do Nobre, o irmão do mensaleiro. Seu governo é uma piada de salão.
Ela não maltrata apenas seus funcionários, ministros e demais pessoas que a cercam. Ela é uma presença pesada, desagradável para um país inteiro. Frases desconexas, sentenças mentirosas, gestos agressivos, enfim, Dilma Vana é um desastre completo. Os números de sua gestão não mentem, seja como presidente do conselho da Petrobras ou da República. Um desatino com pernas e cérebro que dão ojeriza a um país inteiro, seja quando pedalam nas ruas, seja quando pedalam com o fisco.
Seus índices de popularidade são tão subterrâneos que até as minhocas já estão reclamando. O PIB, que indica o quanto ficamos mais ricos ou mais pobres, apontam para o centro da terra. A produção industrial cai, as vendas de manufaturados e de automóveis idem. O desemprego, ao contrário, ruma ao espaço, assim como a inflação e os índices de violência nas cidades e no campo. Os indicadores de saúde e educação informam que, no ritmo Rousseff, logo estaremos de volta à idade da pedra polida. Que gestora, que mulher, que presidente!
Eu não posso mais com Dilma Vana Rousseff. Não há dia em que eu não sonhe com sua renúncia, com a hipótese remotíssima de que ela tenha vergonha e recato e peça para sair. É sonho, eu sei. Mas um sonho tão interessante que até o delator Lula (segundo Tuma Jr. em seu livro Assassinato de Reputações) quer vê-la longe. E olha que, se Lula está querendo ver Dilma pelas costas, imagina eu, que estou assanhado para ver Lula atrás das grades.
Tomara que chegue logo o dia em que Dilma passará para a história do Brasil. A era das trevas do Brasil de Dilma não será assim chamada pelo fato dela ter destruído a Petrobras, nem por ter prometido absurdos e ter mentido criminosamente na campanha eleitoral de 2014. A era Dilma será conhecida como a Fase II do período mais corrupto da história da humanidade (a Fase I já pertence a Lula). Sua época será comparada à idade antiga de um país que prometia ser grande, mas que não saiu da idade média, da idade medíocre.
Vá embora, Dilma Rousseff, por favor. Não há plano que venha a funcionar com liderança tão pífia e inconfiável. Pede as contas, Dilma. O país (ou a grande maioria dele, de norte a sul, de todas as cores e graus de instrução) se ressente da tua presença. Magra ou gorda, não tem a menor importância. Eu até peço desculpas pela minha sinceridade. É que eu não aguento mais. Não vejo futuro para o meu país e me recuso dele sair. Sempre que vejo ou ouço Dilma na televisão, checo a validade de meu passaporte e vistos. Não é assim que eu vivia, jamais foi assim que eu vivi, não quero continuar a viver assim no meu país.
Não se pode mais pedalar Dilma Rousseff
Um peso, duas medidas
Caíram de pau no cidadão que chutou um menor na Zona Sul do Rio. Trovejaram ataques, naturalmente, cretinos a um gesto impensado, mas que significa muito no momento atual. O chute concretizou a revolta da população com o descaso na segurança pública. Um delito, não um crime como vociferaram, pedindo a prisão do que parecia ser um senhor.
Criticar com patadas o cidadão que não aguenta mais, é fácil. Difícil, e mesmo impensável para a cretinocracia nunca assaltada e roubada, mas tão senhora da Justiça dos direitos humanos, bandeira que bem tem servido a muita hipocrisia.
É impossível para essa gente se sentir lesada pela Justiça e governos como o cidadão está vivendo à beira da revolta. Se dá ao luxo de condenar sem medir que sua condenação tão veemente é um chute no próprio cidadão. Ou desejam que se fique à mercê da marginalidade, sem reação, à espera da competente Justiça brasileira?
Quem viu tanto crime num chute nem sabe (Deus queira que não) o que é sofrer na carne roubo ou assalto, e ainda sofrer com o trauma, gastar dinheiro que não se tem em remédios. Será que num momento não daria também uma de criminoso?
Conhecer o fato de ouvido pela mídia e redes sociais não deixa sequela. O caso pode ser aqui ou no Oriente Médio. Tanto faz quanto tanto fez. Estão seguros, em imunidade do roubo, do assalto. Podem baixar o cacete, como justiceiros, em que está revoltado por não ter segurança, de braços imóveis entregue à marginalidade de todas as idades.
O ato pode ser criticado, não condenado, ainda mais como um crime de direitos humanos. É demais. Só cretinos podem despejar tanta raiva. Tais figurões, muitos midiáticos, deveriam se olhar no espelho e veriam que são a outra face daquela mesma polícia que dá cacete no cidadão, baixa o pau em professor, mas se pela do marginal.
Saem em defesa de uns direitos humanos que defendem, com a garra de cães raivosos, quando os cidadãos se exaltam, mas são cordeiros demais com os mesmos cidadãos sofrem na mão dos bandidos da rua e dos palácios.
Criticar com patadas o cidadão que não aguenta mais, é fácil. Difícil, e mesmo impensável para a cretinocracia nunca assaltada e roubada, mas tão senhora da Justiça dos direitos humanos, bandeira que bem tem servido a muita hipocrisia.
É impossível para essa gente se sentir lesada pela Justiça e governos como o cidadão está vivendo à beira da revolta. Se dá ao luxo de condenar sem medir que sua condenação tão veemente é um chute no próprio cidadão. Ou desejam que se fique à mercê da marginalidade, sem reação, à espera da competente Justiça brasileira?
Quem viu tanto crime num chute nem sabe (Deus queira que não) o que é sofrer na carne roubo ou assalto, e ainda sofrer com o trauma, gastar dinheiro que não se tem em remédios. Será que num momento não daria também uma de criminoso?
Conhecer o fato de ouvido pela mídia e redes sociais não deixa sequela. O caso pode ser aqui ou no Oriente Médio. Tanto faz quanto tanto fez. Estão seguros, em imunidade do roubo, do assalto. Podem baixar o cacete, como justiceiros, em que está revoltado por não ter segurança, de braços imóveis entregue à marginalidade de todas as idades.
O ato pode ser criticado, não condenado, ainda mais como um crime de direitos humanos. É demais. Só cretinos podem despejar tanta raiva. Tais figurões, muitos midiáticos, deveriam se olhar no espelho e veriam que são a outra face daquela mesma polícia que dá cacete no cidadão, baixa o pau em professor, mas se pela do marginal.
Saem em defesa de uns direitos humanos que defendem, com a garra de cães raivosos, quando os cidadãos se exaltam, mas são cordeiros demais com os mesmos cidadãos sofrem na mão dos bandidos da rua e dos palácios.
Lula no reino dos disparates
Uma série de impropriedades e disparates foram afirmados pelo Lula, em sua passagem por Brasília, antes que a presidente Dilma retornasse dos Estados Unidos. Entre boas e más intenções, o ex-presidente exortou os companheiros do PT a praticarem atos inexequíveis. Senão, vejamos:
O PT precisa de enfrentamento político, manifestar-se contra as arbitrariedades da operação Lava-Jato.
Seria bom particularizar uma só das “arbitrariedades” que a Polícia Federal e o Ministério Público teriam praticado. Até as visitas feitas pelos policiais, às vezes para prender suspeitos, acontecem na maior civilidade. De nenhuma agressão se tem notícia, assim como o monte de pessoas presas jamais se queixaram de maus tratos ou perseguição. As investigações processam-se estritamente dentro da lei.
O ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, não controla a Polícia Federal.
A Polícia Federal age estritamente dentro de suas atribuições. Não é obrigada a revelar detalhes das investigações em andamento. Só depois de suas conclusões é que são informados os canais superiores e a própria mídia. O ministro estaria incorrendo em crime de responsabilidade se interferisse nas diligências ou ordenasse prisões ou solturas.
O juiz Sérgio Moro está exorbitando em suas funções.
O juiz Sérgio Moro só assina ordens de prisão a pedido do Ministério Público. A decisão é dele, mas só depois de examinar as exposições dos procuradores da República.
É preciso virar a página do ajuste fiscal.
Como, se o ajuste fiscal não se completou? As maldades da equipe econômica ainda estão em curso, muitas necessitando de aprovação no Congresso. Queria o Lula esquecer o mais rápido possível os efeitos das medidas que sacrificam os trabalhadores e os empresários? Como se não existissem?
Deve o PT atuar em defesa do governo.
Como defender um governo que não produz boas notícias, mas apenas más? Torna-se necessário que o governo adote iniciativas capazes de ser defendidas, nunca ações que só penalizam a população. Mesmo os programas assistenciais andam na baixa. Como esperar que os companheiros se disponham conscientemente a arcar com erros e prejuízos causados pela incompetência do palácio do Planalto?
O partido precisa reaproximar-se dos movimentos sociais.
Quem precisa reaproximar-se dos movimentos sociais é o governo, hoje criticado pelas centrais sindicais, com ênfase para a CUT. De que forma esperar os líderes sindicais aplaudindo os companheiros parlamentares que se omitiram na negativa da redução de direitos trabalhistas?
É importante reagir ao cerco que a imprensa faz sobre o PT.
Apesar de erros e excessos, a imprensa escrita, falada, televisada e computadorizada reflete o quem se passa na sociedade. Não houvesse mensalão ou petrolão nenhuma notícia estaria sendo divulgada a respeito da prisão de companheiros corruptos.
Em suma, dessa vez, perdeu-se o Lula em conceitos extemporâneos. Jogou fora excelente oportunidade de ficar calado.
É lei!
Há algo profundamente errado na nossa vida pública. Nunca vi um Chefe de Estado tão mal assessorado como a nossa atual Presidente. A assessoria da Presidente deveria ter lhe informado o significado da expressão 'law enforcement': cumprimento e aplicação rigorosa das leis. Zelar pelo respeito e cumprimento das leis do país: esta é uma das mais importantes missões constitucionais de um presidente da República!
Nossa Constituição outorga ao presidente a prerrogativa de vetar um projeto ou de impugnar uma lei perante o STF por inconstitucionalidade. Porém a Constituição não autoriza o presidente a "investir politicamente" contra as leis vigentes, minando-lhe as bases. Caberia à assessoria informar a Presidente que atentar contra o bom funcionamento do Poder Judiciário é crime de responsabilidade!
"Colaboração" ou "delação" premiada é um instituto penal-processual previsto em lei no Brasil! Lei!!Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF, no Twitter
Saudando a mandioca
A Presidente faz regime e começa a falar abobrinha, enchendo linguiça, tentando cozinhar a crise em fogo brando, enquanto o bolo da economia vai desandando rápido
O povo brasileiro está acostumado a conviver com pepinos e abacaxis, a comer o pão que o diabo amassou e tem que segurar uma batata quente toda hora.
Muita gente está vendendo o almoço para pagar a janta, enquanto o Governo empurra com a barriga, levando o povo em banho-maria, achando que pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Inventou uma jabuticaba, a tal Nova Matriz Econômica, e esqueceu da frase de Milton Fridman: "Não existe almoço grátis". Deixou as reformas para depois, com medo da repercussão e esqueceu Millor Fernandes: "Não se faz omelete sem chutar os ovos" e tentou um atalho na economia, esquecendo que o apressado come cru.
Os companheiros, que nunca tinham comido melado, se lambuzaram até o momento que o Governo se embananou e teve que colocar as barbas de molho. Quem antes comia ovo e arrotava caviar agora sente o tamanho do pepino. A popularidade despencou, mostrando que a rapadura é doce mas não é mole não.
Vieram os panelaços - criticados como se viessem só das varandas gourmet - e quando todo mundo achava que tudo acabaria em pizza, figurões e laranjas, acostumados com pouca farinha meu pirão primeiro, começaram a pegar uma cana braba. Lembrando Guimarães Rosa: "Deus come escondido, e o Diabo sai por toda a parte lambendo o prato."
A Presidente faz regime e começa - ou continua - a falar abobrinha, enchendo linguiça, tentando cozinhar a crise em fogo brando, enquanto o bolo da economia vai desandando rápido.
Estamos fritos. A parte da população que tinha deixado de comer osso e estava provando picanha volta para a marmita pensando em rabada(ui!). Quem dava um boi para não entrar em uma briga hoje briga por um bife.
A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte, cantam os Titãs.
A situação está mais feia que cão chupando manga e o Congresso não ajuda. Como disse Bismarck, unificador da Alemanha: "Quanto menos as pessoas souberem como se fazem as leis e as salsichas, melhor dormirão à noite". O judiciário não faz por menos e quer aumento nas mordomias, incluindo o auxílio-alimentação.
Lula, que está com sua batata assando, chora pelo leite derramado e cospe no prato que comeu, mas reconhece que está com o volume morto, o que não combina com o tubérculo de duplo sentido que a Presidente colocou na mesa. A fala de Lula faz lembrar Nelson Rodrigues: " Toda autocrítica tem a imodéstia de um necrológio redigido pelo próprio defunto”.
Enfim, o milagre avinagrou, a conta está cada vez mais salgada para o povo, e no meio dessa crise gastronômica, só nos resta saudar a mandioca. E que ela seja pequena. Eta nóis!
O povo brasileiro está acostumado a conviver com pepinos e abacaxis, a comer o pão que o diabo amassou e tem que segurar uma batata quente toda hora.
Muita gente está vendendo o almoço para pagar a janta, enquanto o Governo empurra com a barriga, levando o povo em banho-maria, achando que pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Inventou uma jabuticaba, a tal Nova Matriz Econômica, e esqueceu da frase de Milton Fridman: "Não existe almoço grátis". Deixou as reformas para depois, com medo da repercussão e esqueceu Millor Fernandes: "Não se faz omelete sem chutar os ovos" e tentou um atalho na economia, esquecendo que o apressado come cru.
Os companheiros, que nunca tinham comido melado, se lambuzaram até o momento que o Governo se embananou e teve que colocar as barbas de molho. Quem antes comia ovo e arrotava caviar agora sente o tamanho do pepino. A popularidade despencou, mostrando que a rapadura é doce mas não é mole não.
Vieram os panelaços - criticados como se viessem só das varandas gourmet - e quando todo mundo achava que tudo acabaria em pizza, figurões e laranjas, acostumados com pouca farinha meu pirão primeiro, começaram a pegar uma cana braba. Lembrando Guimarães Rosa: "Deus come escondido, e o Diabo sai por toda a parte lambendo o prato."
A Presidente faz regime e começa - ou continua - a falar abobrinha, enchendo linguiça, tentando cozinhar a crise em fogo brando, enquanto o bolo da economia vai desandando rápido.
Estamos fritos. A parte da população que tinha deixado de comer osso e estava provando picanha volta para a marmita pensando em rabada(ui!). Quem dava um boi para não entrar em uma briga hoje briga por um bife.
A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte, cantam os Titãs.
A situação está mais feia que cão chupando manga e o Congresso não ajuda. Como disse Bismarck, unificador da Alemanha: "Quanto menos as pessoas souberem como se fazem as leis e as salsichas, melhor dormirão à noite". O judiciário não faz por menos e quer aumento nas mordomias, incluindo o auxílio-alimentação.
Lula, que está com sua batata assando, chora pelo leite derramado e cospe no prato que comeu, mas reconhece que está com o volume morto, o que não combina com o tubérculo de duplo sentido que a Presidente colocou na mesa. A fala de Lula faz lembrar Nelson Rodrigues: " Toda autocrítica tem a imodéstia de um necrológio redigido pelo próprio defunto”.
Enfim, o milagre avinagrou, a conta está cada vez mais salgada para o povo, e no meio dessa crise gastronômica, só nos resta saudar a mandioca. E que ela seja pequena. Eta nóis!
Muito além das fronteiras
As agruras de algumas empreiteiras extravasaram os inquéritos locais sobre a corrupção na Petrobras. O grupo Odebrecht, por exemplo, agora é investigado em cinco países: Colômbia, Panamá, Estados Unidos, Itália e Suíça.
Na Colômbia, a Agência de Infraestrutura anuncia uma “consulta urgente” ao Conselho de Estado, corte suprema para assuntos administrativos, para que decida se o Estatuto Anticorrupção já é aplicável ao grupo brasileiro, contratado para obras de US$ 3 bilhões.
A lei proíbe o Estado colombiano de negociar com empresários responsabilizados por delitos como “suborno transnacional”, assim como “suas empresas, suas matrizes e subsidiárias”. A inabilitação “será de 20 anos” — diz o artigo 1º do Estatuto Anticorrupção, citado na consulta ao Conselho de Estado.
No Panamá, a procuradoria-geral confirma investigações sobre o grupo Odebrecht “a pedido” da Justiça brasileira e da ONG Transparência.
O Brasil pediu informações sobre a empreiteira e empresas locais como a Del Sur, suspeita de intermediar propinas no caso Petrobras.
A Del Sur existiu no papel, sob patrocínio do escritório de advocacia Patton, Moreno & Asvat, que representou os interesses da Odebrecht Offshore Drilling Finance Ltd. na emissão de US$ 1,6 bilhão em títulos, em 2013.
Já a Transparência foca em suborno do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), que fugiu do país. Pressiona pelo exame da empreitada de US$ 1,4 bilhão na construção de 13,7 quilômetros do metrô da capital, liderada pelo grupo Odebrecht (55% do consórcio).
A auditoria desse contrato (N° SMP-28-2010) começa amanhã, anuncia a controladoria. Ele havia sido julgado “regular’’ pela KPMG — auditoria privada que aprovou as contas da Petrobras (2009 a 2011), expurgadas em US$ 17 bilhões.
A obra no Panamá também está sob investigação da Procuradoria de Nápoles, por causa das relações do ex-presidente Martinelli com Valter Lavitola, antigo aliado do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi. Lavitola dirigiu o jornal “L'Avanti!” (contrafação do antigo "Avanti!", do Partido Socialista). Há três anos reside no presídio de Poggioreale, bairro-sede da Camorra napolitana.
Suas digitais permeiam a lavagem de quase US$ 200 milhões, supostamente propinas pagas a Martinelli. A promotoria acha que Lavitola atuava junto ao ex-presidente como “facilitador” de empresas, inclusive brasileiras.
Por isso, pediu ao Panamá, Brasil, EUA e Suíça para localizar e interrogar colaboradores de Lavitola em várias empresas (duas no Brasil, a Pesqueira S. João da Barra, de Casemiro de Abreu, e a Imobiliária Lagiuva, de Búzios). Entre os procurados, três são brasileiros: Alexander Heródoto Campos, Neire Cassia Pepe Gomes e Danielle Aline Louzada.
Como as empresas de papel de Lavitola têm vínculos com a Bonaventura LLC, de Miami, a Itália requisitou ajuda americana. É o segundo caso de investigação nos EUA, nas últimas quatro semanas, em que aparece o grupo Odebrecht. Dias atrás a procuradoria brasileira anunciou um pedido para rastrear finanças de Bernardo Freiburghaus, cuja prisão foi decretada com base em documentos fornecidos pela Suíça sobre propinas pagas a executivos da Petrobras.
Nunca antes o ilícito local foi tão global.
Na Colômbia, a Agência de Infraestrutura anuncia uma “consulta urgente” ao Conselho de Estado, corte suprema para assuntos administrativos, para que decida se o Estatuto Anticorrupção já é aplicável ao grupo brasileiro, contratado para obras de US$ 3 bilhões.
Obra de túnel na Colôjmbia |
A lei proíbe o Estado colombiano de negociar com empresários responsabilizados por delitos como “suborno transnacional”, assim como “suas empresas, suas matrizes e subsidiárias”. A inabilitação “será de 20 anos” — diz o artigo 1º do Estatuto Anticorrupção, citado na consulta ao Conselho de Estado.
No Panamá, a procuradoria-geral confirma investigações sobre o grupo Odebrecht “a pedido” da Justiça brasileira e da ONG Transparência.
O Brasil pediu informações sobre a empreiteira e empresas locais como a Del Sur, suspeita de intermediar propinas no caso Petrobras.
A Del Sur existiu no papel, sob patrocínio do escritório de advocacia Patton, Moreno & Asvat, que representou os interesses da Odebrecht Offshore Drilling Finance Ltd. na emissão de US$ 1,6 bilhão em títulos, em 2013.
Já a Transparência foca em suborno do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), que fugiu do país. Pressiona pelo exame da empreitada de US$ 1,4 bilhão na construção de 13,7 quilômetros do metrô da capital, liderada pelo grupo Odebrecht (55% do consórcio).
A auditoria desse contrato (N° SMP-28-2010) começa amanhã, anuncia a controladoria. Ele havia sido julgado “regular’’ pela KPMG — auditoria privada que aprovou as contas da Petrobras (2009 a 2011), expurgadas em US$ 17 bilhões.
A obra no Panamá também está sob investigação da Procuradoria de Nápoles, por causa das relações do ex-presidente Martinelli com Valter Lavitola, antigo aliado do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi. Lavitola dirigiu o jornal “L'Avanti!” (contrafação do antigo "Avanti!", do Partido Socialista). Há três anos reside no presídio de Poggioreale, bairro-sede da Camorra napolitana.
Suas digitais permeiam a lavagem de quase US$ 200 milhões, supostamente propinas pagas a Martinelli. A promotoria acha que Lavitola atuava junto ao ex-presidente como “facilitador” de empresas, inclusive brasileiras.
Por isso, pediu ao Panamá, Brasil, EUA e Suíça para localizar e interrogar colaboradores de Lavitola em várias empresas (duas no Brasil, a Pesqueira S. João da Barra, de Casemiro de Abreu, e a Imobiliária Lagiuva, de Búzios). Entre os procurados, três são brasileiros: Alexander Heródoto Campos, Neire Cassia Pepe Gomes e Danielle Aline Louzada.
Como as empresas de papel de Lavitola têm vínculos com a Bonaventura LLC, de Miami, a Itália requisitou ajuda americana. É o segundo caso de investigação nos EUA, nas últimas quatro semanas, em que aparece o grupo Odebrecht. Dias atrás a procuradoria brasileira anunciou um pedido para rastrear finanças de Bernardo Freiburghaus, cuja prisão foi decretada com base em documentos fornecidos pela Suíça sobre propinas pagas a executivos da Petrobras.
Nunca antes o ilícito local foi tão global.
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