sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
As mosquitas e os mosquitos
Não sei como dona Dilma faz para diferenciar as mosquitas dos mosquitos. Mal sei, nos dias de hoje, como diferenciar as moças dos moços. Andam todos muito iguais, na moda e nos hábitos. No entanto, ainda assim, acabo por diferenciá-los.
Ao contrário desses aedes desgraçados, os quais, sinceramente, admiro quem sabe distinguir, pois deve ser uma pesquisa complicada...
Mas dona Dilma nos ensinou que são as mosquitas que picam, transmitem a dengue e outras doenças e causam os danos cerebrais nos bebês. Acredito. Os mosquitos não seriam assim tão pérfidos.
Sou mulher, hetero e já tive duas paixões. Aliás, uma ainda tenho, a outra, infelizmente, a morte se apressou em levar para a eternidade.
Dito isso, venho declarar que acho os homens sempre, e em tudo, muito melhores que as mulheres. E mais bonitos: comparem o David de Michelangelo com a Vênus de Milo e tenho certeza que me darão razão. Com outro detalhe: envelhecem melhor. Vejam Yves Montand ou Frank Sinatra: mocinhos feios, de uma magreza esquisita, foram encorpando com a idade e ao chegar aos 40, 50 anos e ficarem grisalhos, Deus do Céu, que tentação! Ficaram deslumbrantes e com um charme...
Elas podem ser boas mães, boas avós, boas empresárias, ótimas médicas, excelentes escritoras e jornalistas, grandes artistas, mas na comparação com os homens, em minha muito pobre opinião, os homens estão sempre alguns pontos acima.
Só numa coisa são vitoriosas: na mesquinhez... Cruz credo, saiam correndo de perto: aí elas são peritas, experts, brilhantes.
Leram a entrevista da jornalista Miriam Dutra à Folha? É o melhor exemplo que conheço de maldade a seco.
Outra Miriam, a Cordeiro, foi má com o Lula e com a filha que tivera no relacionamento com o sindicalista. Despiu, em público, um problema que era só deles, sem se preocupar em ferir a menina. Mas tinha um motivo que se não serve como desculpa, é uma explicação: moça pobre, de vida modesta, foi tentada pelo dinheiro. Cada qual com seu cada qual...
Mas esse ressurgimento de Miriam Dutra hoje, assim, sem mais aquela, francamente, é a própria crueldade em ação. E o pior: é cruel contra seu filho. Fernando Henrique Cardoso não é candidato a nada, esse assunto não vai alterar sua vida política, só vai magoá-lo porque vai magoar o rapaz a quem ele trata com afeto paternal desde sempre.
Fico pensando com meus botões: Miriam Dutra não se manifestou quando os dois exames de DNA comprovaram que seu filho não era de FHC. Ficou bem caladinha. Agora, no entanto, às gargalhadas, diz que FHC é o pai, duvida dos exames e diz que a mulher sempre sabe quem é o pai de sua criança.
É verdade. Mas quando é uma mosquita que voa de lá para cá, francamente, será que ela pode garantir quem a fecundou?
William Congreve (1670/1729), poeta e teatrólogo inglês, em sua peça ‘The Mourning Bride’, escreveu um verso que é uma pérola de sabedoria e verdade. Era assim em seu tempo e ainda é assim até hoje: Heaven has no rage like love to hatred turned, nor hell a fury like a woman scorned.*
Ao contrário desses aedes desgraçados, os quais, sinceramente, admiro quem sabe distinguir, pois deve ser uma pesquisa complicada...
Mas dona Dilma nos ensinou que são as mosquitas que picam, transmitem a dengue e outras doenças e causam os danos cerebrais nos bebês. Acredito. Os mosquitos não seriam assim tão pérfidos.
Sou mulher, hetero e já tive duas paixões. Aliás, uma ainda tenho, a outra, infelizmente, a morte se apressou em levar para a eternidade.
Dito isso, venho declarar que acho os homens sempre, e em tudo, muito melhores que as mulheres. E mais bonitos: comparem o David de Michelangelo com a Vênus de Milo e tenho certeza que me darão razão. Com outro detalhe: envelhecem melhor. Vejam Yves Montand ou Frank Sinatra: mocinhos feios, de uma magreza esquisita, foram encorpando com a idade e ao chegar aos 40, 50 anos e ficarem grisalhos, Deus do Céu, que tentação! Ficaram deslumbrantes e com um charme...
Elas podem ser boas mães, boas avós, boas empresárias, ótimas médicas, excelentes escritoras e jornalistas, grandes artistas, mas na comparação com os homens, em minha muito pobre opinião, os homens estão sempre alguns pontos acima.
Só numa coisa são vitoriosas: na mesquinhez... Cruz credo, saiam correndo de perto: aí elas são peritas, experts, brilhantes.
Leram a entrevista da jornalista Miriam Dutra à Folha? É o melhor exemplo que conheço de maldade a seco.
Outra Miriam, a Cordeiro, foi má com o Lula e com a filha que tivera no relacionamento com o sindicalista. Despiu, em público, um problema que era só deles, sem se preocupar em ferir a menina. Mas tinha um motivo que se não serve como desculpa, é uma explicação: moça pobre, de vida modesta, foi tentada pelo dinheiro. Cada qual com seu cada qual...
Mas esse ressurgimento de Miriam Dutra hoje, assim, sem mais aquela, francamente, é a própria crueldade em ação. E o pior: é cruel contra seu filho. Fernando Henrique Cardoso não é candidato a nada, esse assunto não vai alterar sua vida política, só vai magoá-lo porque vai magoar o rapaz a quem ele trata com afeto paternal desde sempre.
Fico pensando com meus botões: Miriam Dutra não se manifestou quando os dois exames de DNA comprovaram que seu filho não era de FHC. Ficou bem caladinha. Agora, no entanto, às gargalhadas, diz que FHC é o pai, duvida dos exames e diz que a mulher sempre sabe quem é o pai de sua criança.
É verdade. Mas quando é uma mosquita que voa de lá para cá, francamente, será que ela pode garantir quem a fecundou?
William Congreve (1670/1729), poeta e teatrólogo inglês, em sua peça ‘The Mourning Bride’, escreveu um verso que é uma pérola de sabedoria e verdade. Era assim em seu tempo e ainda é assim até hoje: Heaven has no rage like love to hatred turned, nor hell a fury like a woman scorned.*
*No Céu não há raiva como o amor transformado em ódio, nem no Inferno fúria como a de uma mulher desprezada: William Congreve: 'A Noiva Enlutada', 1697
Saia logo daí, Dilma!
Eles perderam completamente a solenidade e parecem mesmo decididos a nos empurrar para a barbárie. Quando a presidente Dilma Rousseff autoriza seu ministro da Saúde a deixar o posto, ainda que por um dia, para participar da disputa pela liderança do PMDB na Câmara, não é a ordem prática das coisas que está sendo agredida. O que padece é a ordem moral.
Que diferença faz Marcelo Castro um dia a mais ou a menos combatendo os mosquitos? A aritmética nos responde: nenhuma! Aliás, ele está na categoria nada rara das pessoas que rendem o dobro se não fizerem nada. Castro pode dar corpo àquela máxima metafísica de Dilma: se a sua meta de trabalho for zero, a eficiência será dobrada. Mas não é de pragmatismo que trato aqui.
Boa parte da vida civilizada não tem importância prática nenhuma. É só decoro. Algumas das melhores conquistas da cultura não são ditadas pela necessidade, e sim pelo apuro estético, por valores subjetivos, pelo refinamento. No frigir dos ovos, somos todos primitivos e tendentes a voltar ao estado da natureza. São as escolhas ditadas pela moral e pelo gosto que nos livram da barbárie, não as determinadas pelas imposições da sobrevivência.
Mesmo os idiotas são mais suportáveis quando conhecem as regras da etiqueta. Costumam, por exemplo, falar menos, e, como diria Machado, o silêncio quase sempre é a melhor forma de afetar circunspecção.
Mas o governo Dilma e o petismo como um todo já não se importam mais com as aparências ou com o refinamento. Se a mulher de César se parece com uma vestal ou com uma rameira, que diferença faz? A única coisa que interessa é mover as peças da política para manter sequestrado o Estado brasileiro, ainda que o país vá à breca e que, ao fim, sejam os brasileiros a se danar.
Vejam o espetáculo grotesco dos milicianos lulistas às portas do Fórum da Barra Funda ou dos parlamentares petistas estabelecendo em torno do demiurgo uma espécie de cerco da impunidade.
Pedem respeito à história de Lula, acusam um grande complô, dizem que ele é vítima de setores do Estado capturados pela direita, mas não conseguem explicar, afinal de contas, por que diabos empreiteiros resolveram presenteá-lo com melhorias num sítio que não seria dele.
Na quarta (17), pouco antes de Dilma respirar aliviada com a vitória de Leonardo Picciani, a Standard & Poor's voltou a rebaixar a nota do Brasil. Na quinta (18), a bancada do PT na Câmara se reuniu para esconjurar a reforma da Previdência e definir as prioridades de 2016: afastar o impeachment e defender Lula.
Acreditem: Dilma está nos empurrado para uma crise que pode não ter precedentes.
Encerro com um trecho de "Declínio e Queda do Império Romano", de Edward Gibbon: "De todas as nossas paixões e apetites, o amor ao poder é o de natureza mais imperiosa e insociável, pois a soberba de um homem exige a submissão da multidão. No tumulto da discórdia civil, as leis da sociedade perdem a força, e o lugar delas raramente é preenchido pelas leis da humanidade. O ardor da disputa, a arrogância da vitória, o desespero do êxito, a lembrança de injúrias passadas e o temor de perigos vindouros, tudo contribui para inflamar o espírito e calar a voz da piedade. Por tais motivos, quase todas as páginas da história estão manchadas de sangue civil".
Saia logo daí, Dilma! Ainda dá tempo.
Que diferença faz Marcelo Castro um dia a mais ou a menos combatendo os mosquitos? A aritmética nos responde: nenhuma! Aliás, ele está na categoria nada rara das pessoas que rendem o dobro se não fizerem nada. Castro pode dar corpo àquela máxima metafísica de Dilma: se a sua meta de trabalho for zero, a eficiência será dobrada. Mas não é de pragmatismo que trato aqui.
Mesmo os idiotas são mais suportáveis quando conhecem as regras da etiqueta. Costumam, por exemplo, falar menos, e, como diria Machado, o silêncio quase sempre é a melhor forma de afetar circunspecção.
Mas o governo Dilma e o petismo como um todo já não se importam mais com as aparências ou com o refinamento. Se a mulher de César se parece com uma vestal ou com uma rameira, que diferença faz? A única coisa que interessa é mover as peças da política para manter sequestrado o Estado brasileiro, ainda que o país vá à breca e que, ao fim, sejam os brasileiros a se danar.
Vejam o espetáculo grotesco dos milicianos lulistas às portas do Fórum da Barra Funda ou dos parlamentares petistas estabelecendo em torno do demiurgo uma espécie de cerco da impunidade.
Pedem respeito à história de Lula, acusam um grande complô, dizem que ele é vítima de setores do Estado capturados pela direita, mas não conseguem explicar, afinal de contas, por que diabos empreiteiros resolveram presenteá-lo com melhorias num sítio que não seria dele.
Na quarta (17), pouco antes de Dilma respirar aliviada com a vitória de Leonardo Picciani, a Standard & Poor's voltou a rebaixar a nota do Brasil. Na quinta (18), a bancada do PT na Câmara se reuniu para esconjurar a reforma da Previdência e definir as prioridades de 2016: afastar o impeachment e defender Lula.
Acreditem: Dilma está nos empurrado para uma crise que pode não ter precedentes.
Encerro com um trecho de "Declínio e Queda do Império Romano", de Edward Gibbon: "De todas as nossas paixões e apetites, o amor ao poder é o de natureza mais imperiosa e insociável, pois a soberba de um homem exige a submissão da multidão. No tumulto da discórdia civil, as leis da sociedade perdem a força, e o lugar delas raramente é preenchido pelas leis da humanidade. O ardor da disputa, a arrogância da vitória, o desespero do êxito, a lembrança de injúrias passadas e o temor de perigos vindouros, tudo contribui para inflamar o espírito e calar a voz da piedade. Por tais motivos, quase todas as páginas da história estão manchadas de sangue civil".
Saia logo daí, Dilma! Ainda dá tempo.
Sanear para sobreviver
É mais que oportuna a campanha da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo slogan é “Casa comum, nossa responsabilidade”. Lembra que o saneamento básico é uma necessidade civilizacional e que nele está em jogo o equilíbrio do ambiente em que vivemos. Na encíclica “Laudato Si”, o Papa Francisco trata da questão ambiental em sua amplitude e complexidade. Uma mobilização geral de todas as forças contra a destruição da natureza é necessária. O bom uso dos recursos naturais só é possível quando as pessoas entendem e aplicam as regras e práticas para conservá-los e administrá-los.
A educação é indispensável, mas a dificuldade é que os processos educacionais são por demais vagarosos para competir com a má utilização acelerada da água e da terra. A escolha desse tema é oportuna porque remete à intolerável incapacidade de o governo cumprir suas obrigações mínimas em relação às condições de vida dos brasileiros. Campanhas em âmbito nacional pela conservação devem ser iniciadas a fim de despertar as pessoas para uma consciência de que o homem é tão dependente da natureza quanto uma criança ainda por nascer é de sua mãe. De que ele é parte de uma biocomunidade e, embora seja o seu membro dominante, em uma perspectiva a longo prazo, não é o seu chefe, pois a natureza possui forças que o homem não pode anular. E nossos desmandos? Mais da metade dos brasileiros não tem acesso às redes coletoras de esgoto. Apenas 39% do esgoto do país são tratados, enquanto na média das cem maiores cidades brasileiras não chega a 41%, segundo levantamento do Instituto Trata Brasil, especializado no assunto. Somente dez das grandes cidades conseguem tratar mais de 80% do seu esgoto. Pesquisadores localizaram o vírus zika em cérebro de bebês, e já são milhares de brasileiros contaminados com o Aedes aegypti.
Essa campanha, introduzindo a filosofia e a prática dos cuidados e da conservação da natureza, deve ser coordenada com esforços oficiais e educacionais em todos os níveis. A conservação da natureza em um sentido moderno é a sábia utilização dos recursos naturais renováveis. Isso significa que o homem deveria tentar alcançar um equilíbrio biológico entre suas necessidades e a capacidade a longo prazo da natureza de satisfazê-las. “Recursos naturais renováveis” incluem ar, água, solos, plantas e animais. Estes são os recursos essenciais à sobrevivência do homem. O fator crucial ao se buscar a conservação da natureza está em entender a função do ecossistema, da paisagem viva e do inter-relacionamento entre organismos vivos e o meio ambiente. Nenhuma civilização pode sobreviver em um ambiente arruinado. A história tem ensinado muitas vezes essa lição. Isto será repetido no futuro, a menos que o capital roubado à natureza seja restituído de modo que ela produza novamente seus dividendos anteriores. Esta é uma tarefa enorme, mas fundamental, porque nenhuma outra civilização anterior à nossa levou tão longe a destruição dos recursos naturais.
Carlos Alberto Rabaça
Essa campanha, introduzindo a filosofia e a prática dos cuidados e da conservação da natureza, deve ser coordenada com esforços oficiais e educacionais em todos os níveis. A conservação da natureza em um sentido moderno é a sábia utilização dos recursos naturais renováveis. Isso significa que o homem deveria tentar alcançar um equilíbrio biológico entre suas necessidades e a capacidade a longo prazo da natureza de satisfazê-las. “Recursos naturais renováveis” incluem ar, água, solos, plantas e animais. Estes são os recursos essenciais à sobrevivência do homem. O fator crucial ao se buscar a conservação da natureza está em entender a função do ecossistema, da paisagem viva e do inter-relacionamento entre organismos vivos e o meio ambiente. Nenhuma civilização pode sobreviver em um ambiente arruinado. A história tem ensinado muitas vezes essa lição. Isto será repetido no futuro, a menos que o capital roubado à natureza seja restituído de modo que ela produza novamente seus dividendos anteriores. Esta é uma tarefa enorme, mas fundamental, porque nenhuma outra civilização anterior à nossa levou tão longe a destruição dos recursos naturais.
Carlos Alberto Rabaça
Meu negócio
Sei que comigo é assim
Vendo barato, eu possoPai é dono, eu sou sócio
Desse Brasil varonil
Nossa empresa ta a mil
Mas, se por acaso falir
Vou me se mijar de rir
Pego o primeiro avião
Dou um calote na nação
E vou pra Atibaia curtir
Deixa quem quiser falar
Sei que sou dono da Oi
Papai é dono da FRIBOI
Não tem do que reclamar
Vou dar banana pro azar
Comigo ninguém vai bulir
Nem vou precisar fugir
Mas pelo sim, pelo não
Dou um calote na nação
E vou pra Atibaia curtir
O japonês da federal
Já anda no meu encalço
Não posso pisar em falso
Se não estou perdido
O dindin ta escondido
Eu só vou tira-lo dali
Se eu precisar fugir
Nesse caso aí então
Dou um calote na nação
E vou pra Atibaia curtir
A solução para tudo
O governo federal se encarregou de descobrir uma vacina capaz de, ao mesmo tempo, extinguir o mosquito Aedes aegypti e livrar o povo brasileiro dos terríveis vírus que ele transmite, como os da dengue, do zika e da febre chikungunya. Trata-se da CPMF – contribuição provisória que a presidente Dilma Rousseff pretende ressuscitar. A proposta inicial era de que o “imposto do cheque” servisse para debelar o déficit da Previdência Social, mas no último fim de semana o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mudou o objetivo – agora, segundo ele, é para combater a praga do mosquito.
A declaração do ministro surgiu no “dia do zika zero”, o sábado passado em que autoridades, incluindo a presidente Dilma e seu vice, Michel Temer (que veio a Curitiba), desdobraram-se em viagens pelo país para participar de ações locais de combate ao Aedes e conscientizar a população para a necessidade de tomar medidas para eliminar focos e locais propícios à sua multiplicação. Forças Armadas, agentes de saúde e governos estaduais e municipais compuseram o – sem dúvida necessário – mutirão sanitário. “Temos de ter uma conscientização de que, neste momento que o Brasil vive, a aprovação desse tributo é muito importante. Nós não teremos outra forma de produzir recursos para desenvolver atividades como esta [de combate ao mosquito]”, declarou o ministro.
Reconheça-se que a situação é de emergência e que se trata de uma questão a ser vista com olhos humanitários. Ninguém tem o direito de se manter insensível aos danos humanos sobrevindos das mortes e das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e que vêm atingindo milhares de nascituros, sobretudo nos estados do Nordeste. É extremamente preocupante também a possibilidade de expansão territorial dos casos e em velocidade imprevisível. Portanto, o problema exige medidas rápidas para conter a epidemia.
Entretanto, a cada vez que o país se defronta com dificuldades, sejam elas de naturezas as mais diversas, a primeira defesa dos governos para fugir da acusação de descumprimento de suas atividades é brandir a bandeira da escassez de recursos. E, consequentemente, alertar para a necessidade de incrementar a arrecadação de impostos, taxas e contribuições – caso contrário, costumam afirmar os gestores públicos, os problemas vão persistir e aumentar.
O mais grave em relação à CPMF é que as justificativas variam ao sabor das conveniências do momento. Primeiro, o tributo teria a função de custear a Previdência; depois, Dilma mudou o discurso: a CPMF era crucial para o país sair da recessão; agora, sem a CPMF não há como combater o Aedes. Ou seja: sem o imposto, o país vai acabar – afinal, dele dependeria a reativação da economia, a melhora das contas da previdência, a contenção do mosquito e sabe-se lá mais o quê.
A gestão equivocada da economia produzida pelo governo de Dilma Rousseff, responsável por ter levado o país ao forte desequilíbrio das contas públicas, à inflação de dois dígitos, à recessão e ao desemprego em massa, exige agora – de acordo com a mentalidade estreita dos governantes – ainda maiores sacrifícios da população, obrigada a pagar tributos cada vez mais elevados e a se submeter à criação de outros, como se tenta agora com a ressurreição da rejeitada CPMF.
Num cenário de crise e necessidade de ajuste, não se pode descartar de antemão alguma elevação nos impostos. Mas ela só seria aceitável se antes o poder público desse uma demonstração cabal de que está reduzindo suas despesas, cortando privilégios e exageros. Nada disso foi feito, e por isso é ainda mais lamentável que o Planalto aproveite a emergência sanitária para, outra vez, clamar pela CPMF, sem nem mesmo apresentar uma proposta realista ao Congresso, por exemplo estipulando a duração do eventual novo imposto.
Um Legislativo e uma sociedade conscientes não podem permitir aumento de carga tributária enquanto o governo não demonstrar de forma cabal que está fazendo todo o possível para conter o déficit fiscal.
Entretanto, a cada vez que o país se defronta com dificuldades, sejam elas de naturezas as mais diversas, a primeira defesa dos governos para fugir da acusação de descumprimento de suas atividades é brandir a bandeira da escassez de recursos. E, consequentemente, alertar para a necessidade de incrementar a arrecadação de impostos, taxas e contribuições – caso contrário, costumam afirmar os gestores públicos, os problemas vão persistir e aumentar.
O mais grave em relação à CPMF é que as justificativas variam ao sabor das conveniências do momento. Primeiro, o tributo teria a função de custear a Previdência; depois, Dilma mudou o discurso: a CPMF era crucial para o país sair da recessão; agora, sem a CPMF não há como combater o Aedes. Ou seja: sem o imposto, o país vai acabar – afinal, dele dependeria a reativação da economia, a melhora das contas da previdência, a contenção do mosquito e sabe-se lá mais o quê.
A gestão equivocada da economia produzida pelo governo de Dilma Rousseff, responsável por ter levado o país ao forte desequilíbrio das contas públicas, à inflação de dois dígitos, à recessão e ao desemprego em massa, exige agora – de acordo com a mentalidade estreita dos governantes – ainda maiores sacrifícios da população, obrigada a pagar tributos cada vez mais elevados e a se submeter à criação de outros, como se tenta agora com a ressurreição da rejeitada CPMF.
Num cenário de crise e necessidade de ajuste, não se pode descartar de antemão alguma elevação nos impostos. Mas ela só seria aceitável se antes o poder público desse uma demonstração cabal de que está reduzindo suas despesas, cortando privilégios e exageros. Nada disso foi feito, e por isso é ainda mais lamentável que o Planalto aproveite a emergência sanitária para, outra vez, clamar pela CPMF, sem nem mesmo apresentar uma proposta realista ao Congresso, por exemplo estipulando a duração do eventual novo imposto.
Um Legislativo e uma sociedade conscientes não podem permitir aumento de carga tributária enquanto o governo não demonstrar de forma cabal que está fazendo todo o possível para conter o déficit fiscal.
Conheça a 'Rosemary' da presidente Dilma Rousseff
Em 1993, quando Lula conheceu a secretária Rosemary Nóvoa de Noronha ao visitar o Sindicato dos Bancários de São Paulo, não tinha noção da importância que ela teria em sua vida. Dez anos depois, quando assumiu a presidência, o romance já estava mais do que consolidado. Para mantê-la a seu lado, Lula não teve dúvidas em criar por decreto um cargo público especialmente para nomeá-la como chefe de Gabinete da Presidência da República em São Paulo.
Era uma função sem o menor sentido ou necessidade, que se tornou um estranho apêndice no organograma do governo, pois não havia Chefia de Gabinete em nenhuma outra cidade, apenas na capital paulista. Depois, Lula se animou e ainda teve a ousadia de abrir gabinetes também em São Bernardo do Campo e em Florianópolis (onde residiam filhos e netos), que obviamente foram desativados com sua saída do Planalto.
Curiosamente, ao assumir o governo em 2011, Dilma Rousseff tomaria idêntica iniciativa, ao criar a Chefia de Gabinete da Presidência da República em Belo Horizonte, exclusivamente para nomear a amiga de infância Sônia Lacerda Macedo, que foi sua colega de sala em dois colégios, companheira de armas na luta contra o regime militar e que depois a assessorou na Casa Civil do governo Lula.
A criação do Gabinete Regional em Belo Horizonte foi publicada pelo Decreto 7.462, de 2011. No mesmo documento, também foi implantado um Gabinete em Porto Alegre, onde a Presidência da República alugou um grande escritório no luxuoso edifício Opus One, decorado com mobília de primeira, mas Dilma acabou desistindo de inaugurá-lo em função do escândalo de Rosemary.
O site da Presidência da República mostra que, hipoteticamente, há duas Chefias de Gabinetes Regionais. Uma delas funcionaria em São Paulo, mas não tem ocupante desde a demissão de Rosemary em 2012, embora continue mantendo instalações e funcionários, carro e motorista, sem servir para nada.
A outra Chefia de Gabinete que supostamente estaria funcionando é a de Belo Horizonte, criada especialmente por Dilma Rousseff para acolher a amiga de infância, vejam a que ponto chega a desfaçatez desse tipo de governante (ou governanta, segundo o idioma dilmês).
O site da Presidência já nem menciona a Chefia de Gabinete em Porto Alegre, que existiu, tinha funcionários e jamais prestou qualquer serviço. A absoluta inércia funcional na verdade é característica comum a todas essas repartições criadas para contemplar amigos com empregos maravilhosos e desnecessários, custeados com recursos públicos, ou seja, do povo. Mas quem se interessa? O Tribunal de Contas da União? O Ministério Público Federal? Claro que não, porque têm coisas mais importantes a resolver.
É preciso reconhecer que a imprensa não tem se omitido. Dois importantes jornais de Minas Gerais, o Estado de Minas e O Tempo, já denunciaram que o escritório de Belo Horizonte não tem a menor serventia, a não ser atribuir um belo salário à velha amiga e companheira de armas de Dilma Rousseff.
A presidente da República, aliás, jamais esteve no gabinete da capital mineira, nem mesmo para inaugurá-lo. A suposta repartição funciona no 11º andar do prédio do Banco do Brasil, na Rua da Bahia, em espaço cedido ao governo. Com quatro funcionários, a principal função do escritório é recepcionar a chefe de Estado e seus ministros, mas até hoje Dilma nunca despachou no local.
A única iniciativa do gabinete que já foi noticiada é o desenvolvimento de um projeto, a pedido de Brasília, para a criação do Memorial do Colégio Estadual Central, onde estudaram os presidentes Arthur Bernardes e Getúlio Vargas, além da própria Dilma Rousseff.
Curiosamente, no Memorial até agora nada existe sobre os dois líderes políticos. No acervo, a pasta de Dilma Roussef é a primeira entre os notáveis (e um deles é o atual governador Fernando Pimentel). Depois, surge a segunda pasta, sobre a própria Sônia Lacerda Macedo, que deve se julgar também uma figura importante e histórica, era só que faltava.
Mudança brusca fez crise brasileira se tornar a 'pior do século'
Em menos de dois anos, o Brasil viu sua economia mergulhar em uma forte recessão que ainda não está longe de dar sinais de trégua. Quase nenhum setor, do varejo à indústria, conseguiu escapar da crise e os resultados ruins se tornam palpáveis diante da deterioração do mercado de trabalho brasileiro. No ano passado, o país fechou 1,5 milhão de postos de emprego com carteira assinada e o pior ainda está por vir, segundo alguns analistas. Os brasileiros também sentiram no bolso o aumento da inflação que, sob pressão do reajuste dos preços controlados pelo Governo, como o da conta de luz e a gasolina, fechou o ano passado em 10,67%.
Mas o que aconteceu para que o país saísse da euforia que ainda persistia no início de 2014, para um diagnóstico tão ruim, como o que foi feito nesta quinta-feira pela OCDE, de uma recessão de 4% neste ano? Se as previsões se concretizarem, será a primeira vez o que Brasil registrará dois anos seguidos de contração da economia desde a década de 30. Alguns economistas já alardeiam que o país se prepara para enfrentar a pior recessão da história brasileira.
Mas o que aconteceu para que o país saísse da euforia que ainda persistia no início de 2014, para um diagnóstico tão ruim, como o que foi feito nesta quinta-feira pela OCDE, de uma recessão de 4% neste ano? Se as previsões se concretizarem, será a primeira vez o que Brasil registrará dois anos seguidos de contração da economia desde a década de 30. Alguns economistas já alardeiam que o país se prepara para enfrentar a pior recessão da história brasileira.
A verdade é que o Governo esticou a corda até o final de 2014, ao represar preços administrados como o da gasolina, por exemplo, e ampliar gastos públicos contando com uma receita futura que não veio. Soltou essa corda no início de 2015 de uma só vez. No primeiro caso, a liberdade de preço do combustível ajudou a engordar a inflação, o que ao mesmo tempo fez o brasileiro perder poder de compra. Resultado: menos consumo que gera menor arrecadação de impostos, e abriu as portas do desemprego depois de mais de uma década. Com menos receita, o Governo teve de rever suas metas fiscais, gerando incertezas que deterioram, em primeiro lugar, a credibilidade do Governo, e em seguida, as contas públicas.
É a duração da crise, inédita para os padrões brasileiros, que tem feito economistas rotularem a recessão atual como “a pior do século”. Na vida real, porém, é difícil comparar as dimensões de crises de épocas tão distintas – no início do século 20 o Brasil era uma sociedade preponderantemente rural. Na opinião do economista Alexandre Saes, presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE), não há dúvidas que as condições socioeconômicas do país são muito melhores atualmente, o que compromete uma comparação de dados. “Quando falamos em recessões graves como a de 1930, temos que levar em conta que parte significativa da população daquela época estava fora do mercado de consumo, com uma subsistência paupérrima no interior. Hoje não. Apesar dos serviços públicos como o de saúde serem ainda ruins, eles são universais. São todos cenários muito distintos”, explica Saes.
O economista Lívio Ribeiro, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), concorda que é complexo analisar as crises por suas particularidades e também pelo fato da metodologia das séries históricas de alguns índices irem mudando com o passar do tempo. Algumas séries históricas de dados econômicos só começaram a ser publicadas nos anos 90 no Brasil. “O importante não é comparar em si os números absolutos e sim o quanto eles cresceram ou caíram em um período”, explica. Segundo o especialista, se analisarmos, por exemplo, a taxa de desemprego no fim da crise de 2003 podemos observar que ela chegou a um patamar de 12,85%, mas que já era de 11,4% antes de enfrentar as turbulências da época. No caso da recessão atual, a taxa subiu de 4,8% em junho de 2014 para 8,2% em dezembro do ano passado, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Um aumento de 3,4 pontos percentuais.
Independentemente da economia brasileira estar ou não vivendo seus piores dias da história, não há dúvidas que a deterioração foi mais intensa que a habitual e que a crise será longa. “Ela se arrasta por oito trimestres e não vemos o fim dela no horizonte deste ano, o que pode gerar um efeito final grande. Outra particularidade é que temos uma recessão com aceleração da inflação, o que não é usual”, explica Ribeiro. Mesmo com a economia desaquecida, os preços não dão trégua. Parte dessa aceleração é consequência das incertezas: comerciantes reajustam os preços defensivamente com medo do fantasma da inflação.
É a duração da crise, inédita para os padrões brasileiros, que tem feito economistas rotularem a recessão atual como “a pior do século”. Na vida real, porém, é difícil comparar as dimensões de crises de épocas tão distintas – no início do século 20 o Brasil era uma sociedade preponderantemente rural. Na opinião do economista Alexandre Saes, presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE), não há dúvidas que as condições socioeconômicas do país são muito melhores atualmente, o que compromete uma comparação de dados. “Quando falamos em recessões graves como a de 1930, temos que levar em conta que parte significativa da população daquela época estava fora do mercado de consumo, com uma subsistência paupérrima no interior. Hoje não. Apesar dos serviços públicos como o de saúde serem ainda ruins, eles são universais. São todos cenários muito distintos”, explica Saes.
O economista Lívio Ribeiro, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), concorda que é complexo analisar as crises por suas particularidades e também pelo fato da metodologia das séries históricas de alguns índices irem mudando com o passar do tempo. Algumas séries históricas de dados econômicos só começaram a ser publicadas nos anos 90 no Brasil. “O importante não é comparar em si os números absolutos e sim o quanto eles cresceram ou caíram em um período”, explica. Segundo o especialista, se analisarmos, por exemplo, a taxa de desemprego no fim da crise de 2003 podemos observar que ela chegou a um patamar de 12,85%, mas que já era de 11,4% antes de enfrentar as turbulências da época. No caso da recessão atual, a taxa subiu de 4,8% em junho de 2014 para 8,2% em dezembro do ano passado, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Um aumento de 3,4 pontos percentuais.
Independentemente da economia brasileira estar ou não vivendo seus piores dias da história, não há dúvidas que a deterioração foi mais intensa que a habitual e que a crise será longa. “Ela se arrasta por oito trimestres e não vemos o fim dela no horizonte deste ano, o que pode gerar um efeito final grande. Outra particularidade é que temos uma recessão com aceleração da inflação, o que não é usual”, explica Ribeiro. Mesmo com a economia desaquecida, os preços não dão trégua. Parte dessa aceleração é consequência das incertezas: comerciantes reajustam os preços defensivamente com medo do fantasma da inflação.
Não perca o foco
Não perca o foco… FHC e sua amante não vão afundar, ou salvar o Brasil. O PT, Lula e Dilma são os nossos verdadeiros problemas. Sobre FHC ter uma amante, duas ou três, é problema dele. Se teve, ou não, não me interessa. O que me importa hoje é o caos que se encontra o Brasil por culpa do PT, os rombos nos cofres públicos, a violência absurda, a separação entre os grupos, fomentada pelo partido, Lula e Dilma, STF, Fux, Lewandowiski, Barroso e Janot.
O que interessa é punir o conluio dos agregados petistas que insistem em inocentar quem está na cara que é culpado, abusando dos cargos que ocupam. O que interessa é a situação atual, milhares de desempregados, inflação alta, pouca ética na política, vergonhosamente escancarados e que fazem o Brasil perder a credibilidade, tão necessária ao desenvolvimento nacional.
O que me interessa é colocar os culpados na cadeia, o esclarecimento do tríplex, o sítio de Atibaia, e os milhões gastos por empreiteiras contratadas pelo Governo para prestação de serviços em estatais e não em situações particulares de ex-presidente ou sócios de seus filhos.
O que interessa é saber quantos brasileiros vão às ruas no dia 13 de março gritar pela condenação dos salafrários.
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