Repressão na
Venezuela contra manifestantes continua e mantém presos em protestos. Mais de cem
pessoas continuam presas na Venezuela por violência em protestos
A
procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, disse hoje (17) que 101
pessoas permanecem presas por suspeita de participação em atos de violência
registados em protestos contra o governo, desde fevereiro, no país. Segundo
ela, entre os detidos estão 14 funcionários públicos e seis estudantes.
"Isso
foi explicado durante uma reunião, entre funcionários do Ministério Público e
representantes da Anistia Internacional, que manifestaram o desejo de se
deslocarem à Venezuela para abordar o tema dos direitos humanos, especialmente
os acontecimentos violentos ocorridos entre 12 de fevereiro e junho",
disse.
De acordo
com a procuradora, foram também discutidas as causas da morte de 43 pessoas
durante os protestos. "Explicamos que nove [das vítimas] eram oficiais das
Forças Públicas, uma era procurador do Ministério Público e que seis
venezuelanos morreram tentando limpar barricadas colocadas por outro grupo que
protestava violentamente".
Há mais de
cinco meses que se registram protestos diários na Venezuela devido à crise
econômica, inflação, escassez de produtos e medicamentos, insegurança,
corrupção e repressão por parte de organismos de segurança do Estado.
Alguns
protestos acabaram em confrontos violentos durante os quais morreram pelo menos
43 pessoas. Mais de 900 pessoas ficaram feridas, e mais de 3,2 mil foram
detidas. No total, 14
policiais continuam presos e estão em curso 197 investigações sobre violações
de direitos fundamentais dos manifestantes.