sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Pare para pensar nas semelhanças
O chavismo, que nacionalizou até a produção de arroz e feijão, agora caminha para privatizar o ativo estratégico mais importante do país
(...) Exemplo que ilustra, mais uma vez, que os
fatos não importam e a realidade não existe, que tudo pode ser reduzido ao
relato, a uma narrativa esotérica que viola qualquer possibilidade de sermos
objetivos. Os bolivarianos falam tanto sobre a economia estatal, mas destroem o
Estado. São vítimas das conspirações do império, mas renunciam a conservar o
poder dentro do território do próprio. São humildes socialistas, mas possuem
contas em bancos internacionais com uma inimaginável quantidade de zeros em
seus saldos.
(...)
O chavismo, que expropriou até o fornecimento de
arroz e feijão, agora caminha para privatizar o ativo estratégico mais
importante do país. Finalmente, entende-se porque falam de socialismo do século
XXI. O socialismo do século XX fazia exatamente o contrário.
Lembrai os sem-nome
A multidão de trabalhadores pobres que passam ao nosso lado sem que pronunciemos seu nome também é carne e sangue da nossa sociedade
Alguém escreveu que somos salvos ou nos perdemos juntos, os
batizados e os sem-nome. Talvez não seja inútil lembrar disso nestes tempos em
que novamente se põem a caminho, fugindo da violência, as dolorosas caravanas
de gente sem presente e sem futuro.
Quando colocarmos o nosso voto nas urnas não faria mal se
lembrar que deveria servir também e sobretudo a essa caravana de invisíveis em
uma sociedade onde o que parece contar é o brilhar mais e aparecer.
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