sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

As mosquitas e os mosquitos

Não sei como dona Dilma faz para diferenciar as mosquitas dos mosquitos. Mal sei, nos dias de hoje, como diferenciar as moças dos moços. Andam todos muito iguais, na moda e nos hábitos. No entanto, ainda assim, acabo por diferenciá-los.

Ao contrário desses aedes desgraçados, os quais, sinceramente, admiro quem sabe distinguir, pois deve ser uma pesquisa complicada...

Mas dona Dilma nos ensinou que são as mosquitas que picam, transmitem a dengue e outras doenças e causam os danos cerebrais nos bebês. Acredito. Os mosquitos não seriam assim tão pérfidos.

Sou mulher, hetero e já tive duas paixões. Aliás, uma ainda tenho, a outra, infelizmente, a morte se apressou em levar para a eternidade.

No Céu não há raiva como o amor transformado em ódio, nem no Inferno fúria como a de uma mulher desprezada: William Congreve: 'A Noiva Enlutada', 1697 (Foto: Colin Pierce, Arquivo Google)
Dito isso, venho declarar que acho os homens sempre, e em tudo, muito melhores que as mulheres. E mais bonitos: comparem o David de Michelangelo com a Vênus de Milo e tenho certeza que me darão razão. Com outro detalhe: envelhecem melhor. Vejam Yves Montand ou Frank Sinatra: mocinhos feios, de uma magreza esquisita, foram encorpando com a idade e ao chegar aos 40, 50 anos e ficarem grisalhos, Deus do Céu, que tentação! Ficaram deslumbrantes e com um charme...



Elas podem ser boas mães, boas avós, boas empresárias, ótimas médicas, excelentes escritoras e jornalistas, grandes artistas, mas na comparação com os homens, em minha muito pobre opinião, os homens estão sempre alguns pontos acima.

Só numa coisa são vitoriosas: na mesquinhez... Cruz credo, saiam correndo de perto: aí elas são peritas, experts, brilhantes.

Leram a entrevista da jornalista Miriam Dutra à Folha? É o melhor exemplo que conheço de maldade a seco.

Outra Miriam, a Cordeiro, foi má com o Lula e com a filha que tivera no relacionamento com o sindicalista. Despiu, em público, um problema que era só deles, sem se preocupar em ferir a menina. Mas tinha um motivo que se não serve como desculpa, é uma explicação: moça pobre, de vida modesta, foi tentada pelo dinheiro. Cada qual com seu cada qual...

Mas esse ressurgimento de Miriam Dutra hoje, assim, sem mais aquela, francamente, é a própria crueldade em ação. E o pior: é cruel contra seu filho. Fernando Henrique Cardoso não é candidato a nada, esse assunto não vai alterar sua vida política, só vai magoá-lo porque vai magoar o rapaz a quem ele trata com afeto paternal desde sempre.

Fico pensando com meus botões: Miriam Dutra não se manifestou quando os dois exames de DNA comprovaram que seu filho não era de FHC. Ficou bem caladinha. Agora, no entanto, às gargalhadas, diz que FHC é o pai, duvida dos exames e diz que a mulher sempre sabe quem é o pai de sua criança.

É verdade. Mas quando é uma mosquita que voa de lá para cá, francamente, será que ela pode garantir quem a fecundou?

William Congreve (1670/1729), poeta e teatrólogo inglês, em sua peça ‘The Mourning Bride’, escreveu um verso que é uma pérola de sabedoria e verdade. Era assim em seu tempo e ainda é assim até hoje: Heaven has no rage like love to hatred turned, nor hell a fury like a woman scorned.*

*No Céu não há raiva como o amor transformado em ódio, nem no Inferno fúria como a de uma mulher desprezada: William Congreve: 'A Noiva Enlutada', 1697 

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