Era nobre ver dois exércitos se digladiando, ao som das suas espadas espocando solenes. Mas era mais eficiente arregimentar um bando de corsários para ir até a sua tribo, roubar sua comida, esquartejar seus filhos e estuprar suas mulheres, difundindo o terror psicológico entre os oponentes. Com esse método, o menor tenta vencer o maior na base da deslealdade e da periculosidade dos golpes desferidos.
O que foi o 11 de Setembro senão uma demonstração da falta de escrúpulos do menor sobre o maior? E o Estado Islâmico? Que me desculpem – e entendam minha comparação como meramente proporcional – os sergipanos, mas é possível um Sergipe aterrorizar o mundo sem recorrer a ações desprovidas de limites e valores? E o que dizer, então, da gangue do PT? Não são iguaizinhos os dez por cento que aterrorizam os outros noventa? E que roubam a nossa própria grana para financiar o que fazem?
Alguém aqui duvida que se a coisa fosse parar no Supremo, pelas vias oficiais, seria devidamente – melhor: indevidamente – escondida da plebe rude por aqueles ilustres togados, tentando mais uma anistia para os bandidos? Os supostos abusos do juiz foram em muito superados pelos investigados. Vai ser difícil entortar o jogo agora com esse escore gigantesco a favor de Sergio Moro. Veremos.
Aqui vai minha afirmação polêmica: desconsiderando a atuação administrativa do prefeito carioca – apenas tomando sua fala no episódio – eu diria que foi o único com coragem para peitar o cachorro louco. E com uma das raras estratégias que dão resultado com esses vigaristas: usar da própria linguagem de morro para achincalhá-los. Funciona assim: petistas vagabundos tentam constranger alguém para forçá-lo a fazer algum juízo de valor. Cair na armadilha é a deixa para que a vítima do golpe seja achincalhada, menosprezada, desqualificada pela atitude “fascista”.
Cansei de ver pastores mentindo diante de seus “bispos”. E não me fazia de rogado: berrava perguntas que desconcertavam o meliante. “Você não é um homem de Deus? Não tem um compromisso com a verdade? Por que está mentindo na frente do seu superior?” Meus embates chegaram a valer um comentário do próprio Macedão: disse que eu “não era um deles, mas valia mais que muitos dos que ali eles arrebanhavam e subvertiam”. Pois meu esporte predileto é achincalhar petralhas justamente onde mais lhes dói: no cérebro manco e limitado.
Tal como o antagonista Diogo, que cravou certeiro uma “estética de jeca” no meliante que fez o que fez só para ter um sítio vagabundo com pedalinhos ridículos e um triplex remediado com elevador privativo, o prefeito infeliz da cariocada lascou um “Complexo de Pobre” no chefe da camorra que me lavou a alma, descontados todos os outros quesitos.
É assim que se abate um vagabundo dessa espécie. Desqualificando-o. Usando e abusando da falta de escrúpulos que o meliante escancara no trato com terceiros. A linguagem de morro, que ele invoca para parecer perigoso. É o “sabe com quem você está falando”. Ou o “meu nome é Zé Pequeno, p(*) !!!
Pois é isso. Petista tem complexo de pobre. Pode roubar tudo o que encontrar pela frente e continuará exatamente o que sempre foi: um pobre, encostado em alguma teta do serviço público e cacarejando essa goma rala que os une na vigarice. Um pobre de espírito. Um mortadela. Isso, nenhuma igreja inescrupulosa resolve.
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