Em suma, tudo pode acontecer. O que não dá mais é o país viver na corda bamba, entre a permanência ou a queda da presidente da República, com a economia paralisada e a política despencando. Situação e oposição obrigam-se a encerrar o conflito verificado há meses, sob pena de dissolução das instituições. Será interromper ou desaparecer.
Continuando Dilma, ela será forçada a mudar não apenas o governo, mas a forma de governar. A apelar para a união nacional. Do mesmo modo, se a vitória couber a seus adversários: Michel Temer enfrentará igual necessidade.
Com a presidente de inquilina do palácio da Alvorada até 2018, crescem as chances para o PT emplacar o Lula, naquele ano, claro que na dependência de fatos novos ao redor da Operação Lava Jato. Derrotados agora os companheiros, abre-se o leque: dos ortodoxos, tipo Aécio, Alckmin e Serra, até Marina Silva e Ciro Gomes. Surpresas sempre poderão sobrevir, mas o fundamental será, no caso de vitória ou derrota, uma completa reviravolta na forma de governar.
Carlos Chagas
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