sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

'Legado social do PT não resistiu ao primeiro sinal de crise'

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O legado social do PT na Presidência da República não resistiu ao primeiro sinal de crise econômica interna, avalia o sociólogo José de Souza Martins. "A classe média do PT caiu de patamar em horas", afirma.

Para um dos principais cientistas sociais do Brasil, o PT outrora popular e de traços messiânicos caiu na "armadilha" da "corrupção altruísta" - movida, em tese, pelo desejo de retirar dos ricos para "prestar um grande serviço à sociedade".

Martins, de 77 anos, acompanhou de perto a formação do partido e a influência de protagonistas sociais - como Igreja, camponeses e intelectuais - na criação da sigla, no começo dos anos 1980.

Ao separar os ingredientes da atual crise política - externos e internos ao PT -, ele identifica "partidos falidos" e pessoas "cheias e cansadas". "Estamos vivendo uma crise que é do Estado e da sociedade."

No recém-lançado "Do PT das Lutas Sociais ao PT do Poder" (editora Contexto), o 45º livro da carreira, o professor aposentado da USP e docente da Cátedra Simón Bolivar da Universidade de Cambridge (Inglaterra) descreve as mutações do PT após a chegada ao Planalto.

Leia a entrevista

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