A ausência de liderança da presidente Dilma permitiu um protagonismo sem coordenação inédito do Congresso Nacional, o que revela os sintomas da crise de governabilidade e resultou em uma série de decisões que aumenta o gasto público em meio a uma brutal crise fiscal.
E é no meio desse mar revolto que a presidente Dilma – que nestes seis meses permaneceu ausente, solitária, isolada – tentou sair das cordas com uma inacreditável, longa e desastrada entrevista a um dos maiores jornais nacionais, cuja manchete foi: “Eu não vou cair”. Reforçou, assim, a sensação de insegurança e instabilidade que impera no país e a percepção de sua inadequação para o cargo. Aguçou a ideia de que seu governo terminou antes de começar.
Ora, quem promoveu as pedaladas fiscais, afundou-se na Lava Jato e patrocinou ilícitos eleitorais quer agora se vitimizar?
O PSDB tem compromisso histórico com a democracia, as instituições republicanas e a Constituição. Sabe que a mudança é necessária e inevitável. Mas que se dará dentro do marco constitucional.
A democracia pressupõe igualdade de todos perante a lei. Dilma e o PT não estão acima da Constituição. Para nós, impeachment não é objetivo nem desejo, mas também não é palavra proibida, já que está prevista na Constituição. Golpismo é achar que o maior escândalo da história brasileira passará impune.
O impasse se aproxima. Não há luz no fim do túnel. O futuro é incerto. Mas uma coisa é certa, o Brasil sob Dilma parece uma nau sem rumo. A Constituição e as instituições republicanas serão a bússola. A sociedade e o destino construirão o caminho.
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