O personagem, que mata corruptos, é um perfeito anti-herói do Brasil contemporâneo
Um dia, não se sabe a data ao certo, um velho soldado do Exército brasileiro decidiu deixar sua aposentadoria, após "quase 40 anos vivendo como um esboço, um rascunho", para uma nova missão, "a mãe de todas as batalhas". Seu uniforme, ao invés da farda verde camuflada, passou a ser uma grande máscara de oxigênio e um casaco com capuz para não ser reconhecido. Do Exército sobraram as botas de couro e os fuzis, dessa vez usados para travar uma guerra —sua guerra— dentro do Brasil contra um inimigo interno: a corrupção. A primeira vítima dessa aventura foi um pastor deputado, assassinado em um quarto de hotel; a segunda, um velho senador que descansava em uma praia do norte. Este justiceiro quer limpar o país de seus dirigentes corruptos e não há negociação ou propina que o detenham:
'O Doutrinador' |
— Não quero seu dinheiro, secretário. Quero que o senhor trabalhe! Só isso. Trens como currais humanos... Ônibus assassinos sem nenhuma fiscalização... Metrô superfaturado e superlotado... Barcas com problemas todos os dias...
— Eu vou mudar tudo!! Eu juro! Eu prometo!
— Não secretário... Eu acho que a mudança virá com seu sucessor... Ou irei atrás dele também."
Assim começa a saga em quadrinhos de O Doutrinador, um perfeito anti-herói do Brasil contemporâneo. Revoltado com o sistema e com sede de vingança, não mede esforços para eliminar, um a um, políticos, empresários da construção, dirigentes do futebol e líderes religiosos corruptos. A obra é publicada desde 2013 no Facebook e, nesta terça-feira, sua segunda temporada finalmente chega às livrarias pela editora Red Box.
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