O Brasil já conviveu com muitas anomalias políticas. Mas nunca um candidato cenográfico havia se apresentado formalmente como pretendente ao Planalto. Lula rompeu todos os paradigmas. Tornou-se um personagem curioso. Com o pedido de registro de sua candidatura no TSE ele dá sequência à representação da pior encenação de si mesmo.
Lula nunca prestou depoimentos, sempre deu espetáculos. Ele jamais se explicou, apenas desconversou. Ainda hoje, Lula não se defende, ataca. O personagem imaginava-se invulnerável. Achava que não seria denunciado. Foi. As denúncias não virariam ações penais. Viraram. Não seria condenado. Foi, em duas instância. Não teriam a coragem de prendê-lo. Está em cana.
O pedido de registro do candidato ficcional do PT monta no TSE um puxadinho do teatro. Ali, Lula joga um jogo que considera jogado. A encenação dentro do tribunal é apenas parte de um espetáculo maior. Indeferido o registro da candidatura, Lula vestirá o figurino de mártir e escreverá na cadeia uma carta de lançamento do seu novo poste: Fernando Haddad. Considerando-se o que aconteceu com o poste anterior, Dilma Rousseff, verifica-se que a cadeia inspirou em Lula apenas o ímpeto da reincidência.
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