Há, no entanto, um mistério no assalto de Viracopos que precisa ser esclarecido rapidamente e que pode também levar aos bandidos. O que faziam em um avião US$ 5 milhões em espécie? Logo depois de consumado o assalto, a transportadora de valores e a Receita Federal se posicionaram, dizendo que a remessa do dinheiro para o exterior estava devidamente declarada e, portanto, era legal. Não informaram, porém, a quem pertence o dinheiro e nem explicaram o que leva alguém, seja pessoa física ou jurídica, a remeter US$ 5 milhões em espécie. Em off, funcionários da Receita disseram que não é raro casas de câmbio usarem esse método. Mas, nesse caso, seria razoável imaginar que uma casa de câmbio na Europa precisaria de Reais em papel moeda e não de dólares mandados do Brasil.
Responder a essas questões pode ajudara a chegar aos bandidos e também poderá confirmar ou desmentir uma história que circula em diversos corredores da Polícia Federal. Diz essa história que o PCC teria descoberto que corruptos do Petrolão estariam usando empresas de transporte de valores para enviar ao exterior a propina recebida no Brasil. Em posse dessa informação, o crime organizado passou a atacar essas empresas para roubar o dinheiro roubado da Petrobras. Se for assim, o assalto de Viracopos pode virar uma nova frente da Lava Jato.
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