Marisa Letícia, a Galega, jamais o perdoou. Não aceitava justificativas nem desculpas, a situação era clara demais, a segunda-dama Rosemary substituía a primeira na grande maioria das viagens internacionais do então presidente, era um caso amoroso mais do que conhecido em todo o Planalto, até os funcionários subalternos sabiam, a humilhação foi arrasadora.
O romance com Rosemary era antigo, vinha da década de 90, mas Lula precisava continuar com a primeira-dama, não podia abandoná-la. Sem alternativa, tentou melhorar as coisas fazendo todas as vontades de Marisa Letícia, e foi daí que derivaram os graves problemas da ocultação de patrimônio (lavagem de dinheiro) no tríplex e no sítio em Atibaia.
De início, o casal Lula da Silva tinha entrado na jogada do edifício no Guarujá, armada por Ricardo Berzoini e João Vaccari, que mandavam na Cooperativa do Sindicato dos Bancários (Bancoop). Lula e Marisa ficaram com um apartamento simples, e no projeto do prédio aprovado pela prefeitura nem havia tríplex.
O sítio de Atibaia tinha sido comprado antes, ainda em 2010 e foi outra maneira de agradar a Marisa Letícia e unir a família toda em torno dela nos fins de semana, que raramente contavam com a presença de Lula.
Aos poucos, com as três reformas (Bumlai, Odebrecht e OAS), a propriedade foi sendo transformada num paraíso, com a ampliação do lago, o campo de futebol, a horta, as novas alas com suítes, a cozinha personalizada, a adega climatizada, os jardins, os bonecos de porcelana em tamanho natural na piscina, os pedalinhos, o barco, a antena dos celulares, e ali dona Marisa Letícia reinava absoluta, enquanto Lula vivia mais solto, de vez em quando aparecia num final de semana.
Mas de repente ocorreu a Lava jato e tudo desabou. Descobriu-se que, além do tríplex, havia outro apartamento reservado para os Lula da Silva no Guarujá, destinado a alojar os motoristas e seguranças. Também descobriram que, para agradar dona Marisa, Lula duplicara a cobertura em São Bernardo, incorporando o apartamento vizinho, que foi colocado em nome de um primo de Bumlai. E a família mantém outro apartamento no mesmo prédio, onde ficam os motoristas e seguranças.
Quando Lula chorou ao discursar, tinha bons motivos. Sua mulher briga e reclama o tempo todo, não consegue entender como seu reino desmoronou e põe a culpa nele. Agora, Marisa Letícia é ré de um processo em que considera não ter a menor culpa, acha que apenas usufruía dos bens que o marido lhe oferecia. Mas acontece que a lei atinge a todos, e ninguém pode alegar que a desconhece.
Portanto, além de dona Marisa, fatalmente também serão incriminados os “laranjas” que ajudaram a família, como o amigo Jacó Bittar e os sócios de Lulinha (Fernando Bittar e Jonas Suassuna), que assumiram a falsa propriedade do sítio para pagar antigos favores presidenciais.
O juiz Moro já deu até uma dica de que, na sentença final, talvez possa eximir Marisa Letícia de culpa, mas para ela nada disso interessa. Saiu no Jornal Nacional, antes da novela, e Lula não consegue explicar nada. Dois filhos e o sobrinho são investigados, a família está desmoronando, ela e Lula já nem podem sair de casa, quanto mais ir para o sítio, são prisioneiros de si mesmos, quando o pesadelo vai acabar? Foi por isso que Lula chorou ao discursar. Realmente, não lhe faltam motivos.
Aos poucos, com as três reformas (Bumlai, Odebrecht e OAS), a propriedade foi sendo transformada num paraíso, com a ampliação do lago, o campo de futebol, a horta, as novas alas com suítes, a cozinha personalizada, a adega climatizada, os jardins, os bonecos de porcelana em tamanho natural na piscina, os pedalinhos, o barco, a antena dos celulares, e ali dona Marisa Letícia reinava absoluta, enquanto Lula vivia mais solto, de vez em quando aparecia num final de semana.
Mas de repente ocorreu a Lava jato e tudo desabou. Descobriu-se que, além do tríplex, havia outro apartamento reservado para os Lula da Silva no Guarujá, destinado a alojar os motoristas e seguranças. Também descobriram que, para agradar dona Marisa, Lula duplicara a cobertura em São Bernardo, incorporando o apartamento vizinho, que foi colocado em nome de um primo de Bumlai. E a família mantém outro apartamento no mesmo prédio, onde ficam os motoristas e seguranças.
Quando Lula chorou ao discursar, tinha bons motivos. Sua mulher briga e reclama o tempo todo, não consegue entender como seu reino desmoronou e põe a culpa nele. Agora, Marisa Letícia é ré de um processo em que considera não ter a menor culpa, acha que apenas usufruía dos bens que o marido lhe oferecia. Mas acontece que a lei atinge a todos, e ninguém pode alegar que a desconhece.
Portanto, além de dona Marisa, fatalmente também serão incriminados os “laranjas” que ajudaram a família, como o amigo Jacó Bittar e os sócios de Lulinha (Fernando Bittar e Jonas Suassuna), que assumiram a falsa propriedade do sítio para pagar antigos favores presidenciais.
O juiz Moro já deu até uma dica de que, na sentença final, talvez possa eximir Marisa Letícia de culpa, mas para ela nada disso interessa. Saiu no Jornal Nacional, antes da novela, e Lula não consegue explicar nada. Dois filhos e o sobrinho são investigados, a família está desmoronando, ela e Lula já nem podem sair de casa, quanto mais ir para o sítio, são prisioneiros de si mesmos, quando o pesadelo vai acabar? Foi por isso que Lula chorou ao discursar. Realmente, não lhe faltam motivos.
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