Os antecedentes condenam Lula e a quadrilha criada por ele para saquear o dinheiro das empresas estatais, principalmente o da Petrobrás.
As investigações são contundentes contra o ex-presidente. Ele é apontado por quase todos os delatores como o lobista de luxo internacional das grandes empreiteiras nos processos de corrupção da Lava Jato. Os depoimentos acusatórios estão lá nos autos. Dizem que Lula enriqueceu depois que montou o Instituto Lula, uma lavanderia sofisticada que tinha como finalidade lavar dinheiro da corrupção da Petrobrás simulando palestras do ex-presidente no exterior. O tríplex e o sítio, transformados em residências sofisticadas de Lula, também estão no pacote das denúncias. Os indícios apontam Lula e a sua mulher Marisa como beneficiários dos favores das empreiteiras. Os procuradores atestam que Lula foi citado 136 vezes pelos delatores como o personagem que sempre atuou nos bastidores na manipulação do desvio de dinheiro das empresas públicas, a exemplo da Petrobrás.
Tudo isso, porém, ainda não é suficiente para prender o Lula. Fazer isso é vitimizá-lo, como ele inteligentemente está fazendo. E o choro de um líder popular, diga-se, comove. Comove principalmente os cegos que teimam em não enxergar os fatos escabrosos descobertos pela Lava Jato. As lágrimas dramáticas derramadas pelo líder têm endereço certo: os militantes, os fanáticos ideológicos e os miseráveis do Bolsa Família crentes de que o benefício sai do bolso do seu mestre e não do estado como programa de governo.
Mesmo assim, como diz um senador de oposição, sereno na sua análise: “Ainda não encontraram efetivamente o batom na cueca” para uma acusação frontal e indiscutível sobre os malfeitos do ex-presidente. O que parece existir sutilmente é uma disputa jurídica nos bastidores entre os advogados do Lula e os procuradores. Magoados com a acusação de que estão criando factoides para justificar a prisão de Lula, os procuradores do Ministério Público partiram para um confronto em um show desmedido. E a justiça, cega como se diz, não pode se expor nem se confrontar com defensores de réus. Corre o risco de parcialidade e de perder o jogo diante dos artifícios mentirosos e levianos que normalmente o PT se utiliza para distorcer os fatos a seu bel prazer.
O trabalho dos procuradores e do juiz Sergio Moro é notável. Nunca, no Brasil, uma investigação chegou tão longe, prendeu tanta gente importante e ressarciu o erário com tanto dinheiro. Mas uma investigação como a que envolve o ex-presidente não pode deixar dúvidas quanto a sua responsabilidade nos crimes. Portanto, creio que houve precipitação na conclusão do inquérito. O Lula poderia ter sido intimado por Moro para depor, responder e se defender das acusações que lhe imputam. Daí quem sabe, teríamos um Lula vacilante diante das provas robustas e irrefutáveis do seu envolvimento nos crimes.
Agora, diante das dúvidas suscitadas pela explanação, cabe aos procuradores tirarem a carta da manga – se é que têm - e convencer os mais incrédulos de que Lula é realmente o chefe da organização criminosa.
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