quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Investigar para honra desta nação

O círculo vai se fechando em torno do Lula. Certas perguntas, porém, precisam ser respondidas antes que o primeiro companheiro fique sem saída.

Quantas viagens ele fez às custas de empreiteiras, como presidente e ex-presidente da República, a países da Africa, América Latina e outros continentes, para alavancar negócios de empresas brasileiras junto a autoridades estrangeiras?

Quanto recebeu dessa intermediação, a título de palestras ou comissões pelo sucesso da contratação de obras e serviços?

Qual era seu patrimônio e de seus filhos antes dessas viagens e como ficou após a última realização?

Essas três indagações se entrelaçam a partir de duas constatações: não é ilegal para um presidente ou ex-presidente atuar para o sucesso de empresas brasileiras empenhadas em trabalhar em outros países. Também não é ilegal para ex-presidentes faturarem em função de seus esforços para o crescimento de empresas brasileiras.

O que põe essas operações sob suspeita de crime é se presidentes ou ex-presidentes agiram pressionando ou mesmo sugerindo a bancos e entidades estatais, como o BNDES, para privilegiarem empresas brasileiras empenhadas em obras e serviços externos.

Torna-se necessário apurar se houve participação ou influência do Lula nos financiamentos e créditos concedidos às empreiteiras. Não se trata de missão impossível, ainda que árdua. Se executada com critério e pertinácia, poderá inocentar ou condenar o ex-presidente da República. Não é ilegal trabalhar e faturar, ainda que muitas vezes pareça imoral. Constitui crime, porém, traficar influência. Por isso, donos, diretores e funcionários dessas empresas encontram-se na cadeia. Investigar, mais do que necessário, é imprescindível, para honra desta nação.
Demitir é sempre penoso, muitas vezes cruel e injusto. Faz, no entanto, parte de qualquer administração. Se um ministro não vai bem, ou se uma empregada doméstica vai mal, haverá que substituí-los, de preferência depois de esforços para melhorar suas performances. Muitas vezes com dor, ainda que na maior parte dos casos quem demite imagine afirmar-se como poderoso e implacável.

Agora, demitir sem olhar nos olhos, pelo telefone ou por notinhas plantadas no jornal, é antes de tudo covardia. Falta de coragem. Pior ainda se por injunções pouco éticas, malandragens e armações indignas.

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