quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Petistas arrumam boquinhas para assistir, de longe, a casa cair

No trimestre que se encerrou em julho, o IBGE estimou que já são cerca de 8,6 milhões os desocupados no país. A taxa de desemprego é histórica no mesmo período: 8,6%. Mas para a ex-ministra Ideli Salvatti e o seu marido, o tenente músico do Exército Jeferson da Silva Figueiredo, a crise no Brasil só enfrenta quem não tem padrinho. Eles vão faturar quase R$ 80 mil reais por mês em duas boquinhas que a Dilma arrumou para o casal nos Estados Unidos.

Enquanto os consulados e as embaixadas brasileiras vivem na pindaíba, sem dinheiro para pagar sequer as despesas mínimas como aluguel e serviços domésticos que contratam, a Dilma autoriza Ideli a assumir o cargo de assessora na Organização dos Estados Americanos (OEA) com um currículo tão mambembe quanto o do Tiririca. E indica também o maridão para um cargo na Subsecretaria de Serviços Administrativos e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa, em Washington.

Para trabalhar nessas funções nos Estados Unidos, recebendo em dólar, não precisa de qualificação profissional nem muito menos preparação acadêmica, pelo menos é o que se pressupõe dessas duas nomeações. Basta apenas ser amigo do ministro da Defesa, Jaques Wagner que atropelou as recomendações do Exército que falava do despreparo do marido da ex-ministra. Pois é, não teve jeito. Da tinta da caneta dele saiu a excrecência dessas indicações.

O Exército avisou a Wagner de que nomeações desse tipo são submetidas a exames rigorosos. Passam por um processo de seleção onde vários fatores são analisados. Argumentou também que a Força não dispunha da vaga. Mas o ministro não quis saber da ponderação dos militares e assinou a portaria avocando o parágrafo único do artigo 1º do decreto 2.790 de 1998, que diz que "ao ministro do Estado Maior das Forças Armadas é delegada competência" para baixar atos relativos aos militares que servem naquele órgão (OEA) e que, nas Forças, a prerrogativa é dos comandantes”.

O mal estar gerado pela decisão do ministro chegou até a Dilma que mesmo assim ratificou a decisão do seu ministro. Assim, o casal deixa o Brasil para viver confortavelmente em Washington fugindo da crise que se aproxima a passos largos e ameaça levar o país para o fundo do poço a julgar pelas últimas pesquisas do Ibope que dão a Dilma 70% de rejeição.

Se fosse obedecido o critério de lisura e de boa conduta para esse cargo, Ideli Salvatti certamente seria reprovada. Nos últimos anos, ela esteve envolvida em vários escândalos: compra superfaturada de 28 lanchas por R$ 31 milhões quando esteve à frente do Ministério da Pesca, dinheiro de emenda (R$ 200 mil) para uma ONG de um assessor no Senado, envolvimento com os aloprados e o uso indevido do helicóptero de socorro da Policia Rodoviária Federal para fazer campanha em Santa Catarina. Respondeu, inclusive, sindicância na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. É com essa folha corrida que Ideli vai representar o governo brasileiro em Washington.

É assim que a petezada atua com o dinheiro público. Incapazes de disputar o mercado fora do governo, preferem se locupletar com as benesses oferecidas por esse governo que aparelhou o estado para servir os interesses da sua militância. Muitos desses petistas sabidos, como Ideli, estão caçando boquinhas no exterior para deixar o país antes da casa cair. Não querem ser lembrados mais nem como petistas.

Enquanto a sinecura petista progride, milhões de pessoas vivem a angustia do desemprego. Indefesos, esse trabalhadores assistem à economia ir para a sepultura com a coveira negando-se a acreditar que o defunto já está “mortinho da silva”.

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