terça-feira, 3 de outubro de 2017

5% dos brasileiros acreditam em Papai Noel

Se é possível achar graça em alguma coisa, há um projeto em andamento no Palácio do Planalto para tentar melhorar a imagem de Michel Temer. Com 5% de aprovação popular, o presidente em questão está cercado por denúncias, suspeitas, má gestão, e retrocessos. Chega a ser risível pensar em conquistar 95% do eleitorado com peças de marketing.

Quadro político ruim ou péssimo para Michel Temer. Sem margem de erro para menos. Para mais, Governo e Congresso contribuem sempre que podem. Ameaçaram e votaram o fundo eleitoral. Muito dinheiro dos cofres públicos para eleger deputados, senadores, governadores e presidente.

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E não cansam de nos surpreender. Deputados emendaram proposta do programa de refinanciamento de dividas, permitindo que corruptos usem o desconto oferecido a devedores de tributos. Ao incluírem a Procuradora Geral da Republica no rol das instituições autorizadas a receberem o Refis, deputados permitem que a devolução de dinheiro roubado se faça com abatimentos.

O relator da alteração é Newton Cardoso Junior, do PMDB, é sócio de empresa com dividas que somam quase R$ 56 milhões. Confirma o deputado mineiro que a emenda foi avalizada pela Presidência. Ninguém duvida. Escárnio. Escandalo. Sob as bençãos do Planalto.

O interesse de Temer nessas providências é claro. Já está na Câmara a segunda denúncia contra ele, por corrupção e organização criminosa. Tudo indica que nossos impolutos políticos livrarão o presidente. Mas, por todas as razoes, é melhor aguardar.

Os marqueteiros do presidente esperam operar um milagre. Mágica. Para o presidente, melhor seria contornar as imensas dificuldades impostas para terminar o mandato - que nem era dele. Já seria bastante. Os publicitários sabem que o produto não é bom e vem viciado. A maior sorte deles e de Temer é não há um Temer como vice. Mas tem Rodrigo Maia, e é bom ficar atento.

Não dá para rir. E se já está difícil achar graça em alguma coisa do noticiário politico, imagine para quem vive no Rio de Janeiro. Como amigo de Sergio Cabral, Pezão depôs nessa segunda em um dos 14 processos movidos contra o ex-governador. Ao sair, fez declarações pouco ortodoxas sobre acusados e suspeitos - um deles ainda o assessora no governo e ele o considera "super íntegro". Pezão ainda achou excessiva a pena de Cabral, 45 anos. Excessiva, Pezão, tem sido nossa paciência. Pode ter certeza.

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