Do matrimônio PT-PMDB resta muito patrimônio
Quando o brasileiro acha que já viu tudo, a Polícia Federal apreende R$ 51 milhões entesourados num apartamento, convertido em caverna de Ali-Babá, em Salvador. Normalmente, a diferença entre o dinheiro miúdo e o dinheiro graúdo é que o segundo fala mais alto. Mas a fortuna atribuída a Geddel Vieira Lima permanece, por enquanto, muda. Ninguém se animou a reivindicar a propriedade da dinheirama.
Michel Temer é um azarado. Num instante em que o presidente aproveita a erosão da delação da JBS para fazer pose de limpinho, seu ex-ministro, correligionário de três décadas, é acusado pela força-tarefa da Lava Jato de plantar bananeira dentro do cofre da Caixa Econômica Federal.
É natural essa timidez em assumir o butim, o maior já apreendido no Brasil. Trata-se de uma conquista coletiva. Suspeita-se que o grosso tenha sido amelhado em trambiques na Caixa. Geddel foi vice presidente da instituição no governo de Dilma. Indicou-o o então vice-presidente Temer.
PT e PMDB tocam o Brasil há 14 anos. O matrimônio acabou. Mas ficou o patrimônio. Se há dúvidas quanto à quantidade e à identidade dos assaltantes, há uma sólida certeza sobre o assaltado. Nesse roubo, você, caro contribuinte, entrou novamente com o bolso.
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