Figuras como o ex-presidente da Câmara só aparecem de quando em quando. São meteoros que brilham e prendem as atenções gerais por curto tempo, mas acabam catapultados para o espaço exterior, quando não se esborracham numa superfície árida e dura.
É o que parece deva ocorrer. Eduardo Cunha levará com ele a lembrança de um certo número de deputados que atendeu com benesses e favores muitas vezes proibidos, mas cujos votos servirão agora para condená-lo.
Nenhuma reviravolta será capaz de devolver a Madame e ao deputado os tempos felizes de seus anteriores poderes, mas ficam para futuros acertos de conta aqueles que se valeram deles para sobreviver e agora passaram a sacrificá-los. Claro que Dilma e Cunha merecem as condenações e o ostracismo que vão curtir. Seria bom, no entanto, prestar atenção nos que neles se penduraram, primeiro como súditos fiéis, agora como carrascos implacáveis. O dia deles chegará.
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