terça-feira, 28 de junho de 2016

Sílvio Navarro: 'Emprega-se: Tesoureiro do PT'

O Brasil pós-Dilma Rousseff já produziu quase 11 milhões de desempregados, todos ansiosos pela aparição de algum tipo de trabalho. Mas existe um cargo vago que ninguém em sã consciência parece interessado em ocupar: o de tesoureiro do Partido dos Trabalhadores. E não só pelas unhas que Delúbio Soares prometeu desencravar quando foi descoberto o Mensalão, nem pelos quilos de pixulecos que João Vaccari Neto levava na mochila, nem por tudo o que Paulo Ferreira, João de Fillipi Jr., Edinho Silva, Paulo Okamotto e Cia ainda vão contar.

O Brasil quer saber como dorme o biólogo Márcio Costa Macêdo, ex-deputado sergipano e herdeiro da contabilidade da roubalheira do partido. A Polícia Federal vasculhou o andar das finanças da sede do PT nacional, no centro de São Paulo, e achou papeis – que não são de Aracaju. O que esses papeis têm a dizer saberemos em breve.

Macêdo tem tudo para transformar-se em mais um daqueles tesoureiros-kamikazes do PT, aos quais a história vem reservando duros castigos. Ele nunca deveria ter aceitado o cargo ocupado por gente como João Vaccari Neto e outros pretéritos gurus do lulopetismo messiânico.

Mas cabe aqui uma ressalva: a tesouraria do PT e suas campanhas corruptas talvez sejam mesmo coisa para biólogos. São espécies em extinção.

Num dos mais momentos históricos do Mensalão, o ainda deputado Roberto Jefferson encarou José Dirceu, até então festejado como o maior dos enxadristas políticos, e deu um conselho profético:

─ Saí daí, Zé! Saí logo daí, Zé!

O recado sem prazo de validade deveria ser ouvido por todos os tesoureiros do PT.

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