Errado. Voltamos à estaca zero. Estamos outra vez no território do até quando. Com as costas viradas para a nação, entre zombarias e bebedeiras com vinhos caríssimos, as diferentes facções em Brasília destruíram a Lava Jato, recolocando Lula no caminho das nossas vidas, blindaram ladrões de diferentes partidos e agora assistem à matança promovida do vírus da Covid, ao manter um sociopata no poder, em troca de bilhões de reais em emendas e outros toma lá dá cá despudorados. Para dar aspecto de responsabilidade e decoro onde eles não existem, promovem o teatro de uma CPI que só serve para aumentar o preço cobrado, com parlamentares decentes como coadjuvantes involuntários. Quisessem mesmo salvar vidas e o país da bancarrota, essa gente parlamentares teria aberto um processo de impeachment sumário de Jair Bolsonaro. Mas não. Bufunfa no bolso, a CPI da Covid ainda lhes garante um presidente que sangrará eleitoralmente até 2022, não importa se literalmente com o sangue de centenas de milhares de brasileiros e um rombo gigantesco no Tesouro.
Além de comprar a sua permanência no poder à custa de dinheiro público, como escancara ainda mais o escândalo do orçamento secreto de 3 bilhões de reais, revelado pelo Estadão e que é uma espécie de mensalão, o sociopata faz uso político da Polícia Federal, a fim de garantir a impunidade dos seus filhos e dele próprio no mercado varejista da corrupção. Mais: utiliza a Agência Brasileira de Informação, a Abin, para tentar atingir governadores adversários, como revelou a Crusoé na sua última edição semanal, com o objetivo de desviar o foco na CPI da Covid — que, repita-se, não resultará no impeachment de Bolsonaro, como já avisaram muitos senadores, mas tem apenas o intuito político de aumentar o preço da manutenção do sociopata no Planalto, na condição de pato manco. Do seu lado, o desvio de foco serviria a Bolsonaro para tentar minar oponentes em 2022, o que é demonstração suplementar da sua desconexão com a realidade.
Até quando o Brasil será o país do até quando?
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