quinta-feira, 16 de junho de 2016

A Justiça no Brasil, inalcançável como fim

Tem sido assim através dos tempos: Cícero condena, Catilina é condenado. Rodrigo Janot pede a prisão, Teori Zavaski absolve Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney. Do lado de fora, patrícios e plebeus não entendem por que Eduardo Cunha recebeu cinco dias para provar sua inocência, depois de considerado culpado por seus julgadores.

A Justiça oscila entre os fundamentos do crime. A sociedade se divide diante deles tanto quanto os encarregados de julgá-los. Em cada cabeça uma sentença. Inocentes e culpados nivelam-se de acordo com a opinião dos que interpretam suas ações.

Haveria alternativa para substituir a dicotomia? Para aplicar os mesmos princípios em todos os julgamentos?

Enquanto não for encontrada uma solução equânime e uniforme (mas impossível e inviável porque todos os crimes diferem entre si em ações e motivações), haverá que conviver entre Cícero e Catilina, apesar das múltiplas razões de Rodrigo Janot e Teori Zavaski.

Em suma, emerge uma evidência: a Justiça é inalcançável como fim. Mas haverá alternativa?

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