sexta-feira, 10 de maio de 2019

Cadê a metade do chocolate? Bolsonaro comeu

Este governo não pode passar um dia sem protagonizar mais uma trapalhada inesquecível. É da sua própria natureza. É resultado também da reunião improvável de homens sem experiência em gestão pública e carentes de um plano de voo.

A trapalhada de ontem foi muito além do que poderiam imaginar os afiados roteiristas de programas do tipo “Zorra Total” e “Pânico”. Toda quinta-feira à noite vai ao ar no Facebook uma nova edição da “live” estrelada pelo presidente Jair Bolsonaro e auxiliares.


Desta vez houve um quadro para explicar o corte de 30% na verba para as universidades públicas. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, espalhou 100 chocolates sobre uma mesa. E usou-os para dizer que o corte não passa de um contingenciamento.

Como realizou o prodígio? Separou três chocolates do restante. Partiu outro pela metade com a ajuda de Bolsonaro. E disse que o governo apenas queria que os três chocolates e a metade do outro só fossem comidos pelos brasileiros depois de setembro próximo.
Enquanto o ministro falava, e errava na conta porque 30% de 100 é igual a 30 e não a 3 e meio, Bolsonaro mastigava o pedaço do chocolate partido. Quem assistiu ao programa não entendeu o que o ministro disse e saiu desconfiado de que fora enganado.

Quando nada, cadê a metade do chocolate que só deveria ser consumida a partir de setembro? Bolsonaro comeu.

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