Mas parte considerável (dos seguidores) é fake (bots).
É o que descobri stalkeando o Twitter mais poderoso da República, @jairbolsonaro, que muitos afirmam ser gerido pelo filho Carlos, o vereador mais influente da mesma, pelas agências e auditorias e controle de contas das rede sociais.
A companhia de software SparkToro afirma que 60,9% dos seguidores de Jair Bolsonaro são falsos (spam, bots, propaganda ou inativos).
A SparkToro chegou a esses dados após descobrir que 87% deles quase não têm seguidores, 69% usam locações que não se encaixam, 94% não têm URL e 61% das contas foram criadas há menos de 60 dias, além de outros dados que usam para definir o que é falso.
O site StatusPeople vai mais longe: apenas 27% dos seguidores são comprovadamente reais, 7% são falsos e 66%, inativos.
Já a auditoria TwitterAudit atesta que apenas a metade dos seguidores é real. A outra metade é composta por falsos ou incertos.
Não se sabe ao certo quem segue o presidente. Mas sabemos que, quem interessa a ele, segue.
Manda recados quase diariamente.
Bolsonaro tem tiradas bem-humoradas, quando escreveu, sobre o meme acima (que abre o post), em 6 de maio: “Kkkkk… boa montagem! Vocês são demais!”
Ele tem 4,14 milhões de seguidores. Ganha de todos os concorrentes diretos da campanha de 2018: Marina Silva (2 milhões), Fernando Haddad (1,42 mi), Geraldo Alckmin (1 mil) e Ciro Gomes (644 mil).
Ganha também de Macron (3,91 mi) e Theresa May (836 mil).
Ganha da política de maior expressão da direita francesa, Marine Le Pen (2,24 mi).
Mas perde para seu mentor, Trump (60 mi).
E de lavada para precursor do uso das redes sociais em campanhas políticas, Obama (106 mi).
Alguns nitidamente não foram ele quem escreveu, como: “As expansões das linhas de produção promovidas pelo polo cervejeiro de Pernambuco, concentrado em Igarassu e Itapissuma, têm impactado positivamente nas operações de carga efetuadas pelo porto de Recife”.
Causou uma enxurrada de memes quando anunciou no começo do mês: “Mais uma boa notícia: abertura do mercado da Argentina para abacates do Brasi! A primeira carga chegou em 30/04/19 e estão a caminho mais duas. O mercado foi aberto após a reunião bilateral da Ministra @TerezaCrisMS com representantes do governo argentino, ocorrida em janeiro.”
E já cometeu erros crassos, como confundir “ídolo” com “fã”, o que eu também fazia quando criança. Mal de família, já que o filho Eduardo escreveu num post “fundo do posso”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário