No 31º lugar, à frente apenas da Ucrânia e da Rússia, atrás da falida Grécia. É assim que o Brasil aparece na análise de desempenho da Austing Rating, divulgada na sexta-feira, quando o país contabilizava mais uma queda no PIB. Mais uma posição vexatória entre tantas outras que o país coleciona em rankings globais, todos eles apontando o mesmo alvo: caminha-se para trás, na trilha do subdesenvolvimento.
Os últimos levantamentos mundiais, realizados entre 2011 e 2014, comprovam o desacerto geral das políticas públicas e o quanto o país tem de correr para, pelo menos, postar-se em um patamar mediano.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o atendimento à Saúde coloca o Brasil na 125ª posição entre 195 países. Fica em 112º lugar entre 200 no que diz respeito a saneamento básico. Na Educação, se classifica na 60ª posição em matemática e ciências entre os 76 países avaliados no Pisa. Aparece bem depois do Chile, do México, da Costa Rica, do Uruguai.
Liderança? Só no que há de pior. Está no topo em números absolutos de homicídios (64 mil, segundo a OMS), batendo a superpopulosa Índia, com 52 mil, e o México, com 26 mil. Na listagem geral, é o 11º país mais violento do mundo, com 29 mortes matadas para cada 100 mil habitantes. Em outro levantamento, o Mapa da Violência 2014, ocupa a sétima pior posição entre 100 países analisados, atrás da Colômbia, El Salvador, Guatemala e Venezuela.
Em alguns estados, a violência é endêmica. Em Alagoas, chegou a 64,6 assassinatos por 100 mil habitantes, índice maior do que as mais sanguinárias guerras.
O Brasil é ainda o país mais cruel na relação entre o imposto cobrado e os serviços ofertados. É o que mostra o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes), do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Entregam-se ao governo cinco meses de trabalho por ano para ter em troca atendimento precário ou atendimento nenhum.
Em países que se levam a sério, os rankings mundiais servem de baliza para orientar acertos e mudanças de rumo. Um revés no Pisa, por exemplo, fez com que a Alemanha reestruturasse parte de sua rede de ensino e que a Inglaterra revisse parâmetros curriculares. A Colômbia fez o mesmo depois virar sinônimo de violência.
O Brasil, não. Prefere arrumar desculpas para os fracassos. Com isso, impede qualquer possibilidade de solução.
Mesmo diante da estagnação e às portas da recessão, a presidente Dilma Rousseff continua a culpar o cenário externo pelas adversidades brasileiras, a maior parte criada por ela própria. Outra parcela por seu antecessor, incapaz de aproveitar o período de bonança que o mundo viveu antes da bolha explodir em 2008.
De 2008 para cá, enquanto a maioria das nações se reorganizava, o Brasil se perdia no populismo sustentado por gastos sem lastro. Estímulo desenfreado ao consumo, preços controlados na marra, intervencionismo, apropriação do Estado e roubalheira sem fim.
Como bem definiu Dilma, um governo padrão Fifa.
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