quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O novel teatro do absurdo


Venho, há algum tempo, procurando entender os acontecimentos que estamos vivendo no Brasil e imaginando o que a história dirá a nosso respeito ao final deste primeiro século dos anos 2000. Tenho receio de que passemos à história como um povo “meio doido, meio sem-vergonha, desonesto e convictamente mentiroso”. Uma pena, porque, na verdade, só merecem esses qualificativos os que compõem a minoria alimentada pelas tetas da nação, liderada por analfabetos fanáticos, que exploram a boa-fé dos menos favorecidos, retirando sua dignidade e sua necessidade de trabalho honrado em troca de bolsas e alguns trocados.

São maldosos e pilantras que alimentam a boa-fé do nosso povo com promessas vãs, tentando imprimir em suas atitudes uma espécie de espiritualidade, amparando líderes bêbados e paus-mandados de países que se dizem de esquerda apenas para serem diferentes. Vide o exemplo de Fidel Castro, que vive em sua ilha particular ao estilo Côte d’ Azur, enquanto o povo come o pão que o diabo amassou. Outro podre, com nome de Maduro, “gigola” nosso país para gáudio dessa meia dúzia de mentirosos e ladrões da pátria.

Resolvi, mesmo a contragosto, ver o surrealismo da posse daqueles que se dizem vitoriosos de uma batalha em que todos morreram. Em Minas Gerais, a inovação foi fantástica. O novo governador, não satisfeito com as 21 secretarias de Estado já existentes, nomeou mais seis ou sete secretários sem secretarias. Então, primeiro nomeiam-se os secretários e depois criam-se as secretarias. Fazem um tipo de “grilas” de ministérios ou secretarias e jogam para cima. Quem pegar é dono...

No plano federal, não podem mais nomear ministros, senão inteira 40, o número de ladrões de Ali-Babá. Nós temos um governo de duas cabeças, quatro mãos, quatro pernas e 39 dedos. Mitologicamente, qualquer coisa parecida com a Hidra.

Escutei dois discursos, ambos patéticos. O primeiro, de Dona Dilma, a assaltante, vestida com uma roupa parecida com toalha de altar: “É preciso defender a Petrobras dos inimigos externos e dos predadores internos”. Oh, meu Deus, mas não foi ela quem fez essa lambança que desmoralizou e ferrou o país, quando presidia o Conselho da Petrobras, composto por nove membros, no governo do ex-Luiz, ganhando R$ 87 mil por mês mais o salário de ministra? Dona Dilma sofre de amnésia? Não foi ela, como ministra, que criou uma “empresa de papel” para construir e operar a rede de gasodutos, conforme constatação da ANP, a Gasene, que, de acordo com o TCU, teve custos superfaturados em mais de 1.800%? Ah, me poupe ou me desminta...

Bem, outro discurso foi daquele tal de Gilberto Carvalho (ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência), um comunista implicado na morte do prefeito Celso Daniel, de Santo André, até hoje sem solução, por conveniência. Sua Excelência me convenceu de que eu sou o culpado por toda essa desgraceira que está corroendo as entranhas do nosso país. Sendo assim, peço que me desculpem, mas eu não sabia de nada, pô...

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