quinta-feira, 20 de julho de 2017

O ataque fascista a Cristovam Buarque

Certa vez o ex-deputado baiano Domingos Leonelli me disse que determinado partido de esquerda tinha práticas fascistas de isolar, vilipendiar e desmoralizar as lideranças populares que não rezavam na sua cartilha. Achei que era exagero, mas o tempo mostrou que ele estava certo.

Na campanha de 2014, passei mal com a transformação de pessoas reconhecidamente calmas em bestas-feras militantes, por ordem do comando supremo, com o objetivo de desconstruir Marina Silva, que disparava nas pesquisas.

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“Guerra é guerra”, diziam, justificando o vale-tudo. Marina, transtornada com ataques de toda ordem, apenas lembrava que não valia a pena ganhar sem vencer. Ela errou ao não reagir à altura, aconselhada por pessoas exotéricas demais. Eu cheguei a dizer a Jane Villas Boas, porta-voz da Rede, que Marina devia adotar o estilo bateu-levou, encarnado em certa época pelo jornalista Cláudio Humberto. A candidata insistiu na fleugma e ficou para trás. Todavia, acabou tendo razão quando a candidata eleita, de tanto mentir, perdeu o apoio da população nos primeiros meses de governo e terminou defenestrada do poder.

Agora, as viúvas da corrupção, com seus apêndices de extrema-esquerda, vestem-se como os camisas-verdes fascistas para perseguir, insultar e agredir pessoas que pensam diferente delas. Pregam paz e amor, quando a rebordosa vem para seu lado, mas destilam ódio contra quem se desvinculou de seu projeto nefasto e deletério de poder.

O senador Cristovam Buarque foi vítima de um ataque fascista na Universidade de Minas Gerais, e não foi porque foi flagrado com a boca na botija, mas porque votou no Congresso Nacional de acordo com sua consciência.

Nunca vou concordar com esse tipo de histeria militante, nem mesmo contra as pessoas condenadas que traíram a confiança de milhões com suas palavras bonitas de honestidade e intrepidez, porque ela sempre desemboca em ditaduras.

Miguel Lucena

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