A coisa é escandalosa até para os padrões petistas. Mas não deixa de ter a sua graça: a presidente prestes a ser impichada formaliza a posição de Lula, que hoje já comanda o governo, entronizando-o como o rei do Brasil.
Se acontecer, nunca antes na historia “destepaiz” alguém terá se tornado ministro só por medo de ser mandado para a cadeia. E que se note: nem garantia é.
O mais patético de tudo é que há petistas graúdos contra a ideia, mas não porque se importem com o absurdo e o ridículo, mas porque, dizem, Lula corre o risco de se afundar junto com Dilma. Atenção! No próprio PT, são raros os companheiros que acreditam que ela chegue a 2018. Eu aposto que não chega ao segundo semestre deste ano.
Aliás, um dos esportes prediletos hoje em Brasília é montar o “Ministério do Michel”. Até o PMDB, que foi alvo de manobras divisionistas oriundas do Palácio do Planalto, passa por um reagrupamento. Renan Calheiros (PMDB-AL), por exemplo, presidente do Senado, recebeu Lula num café da manhã. Ouviu tudo e não prometeu nada.
Que desfecho, não? Para fugir da cadeia, os petistas agora pretendem se esconder nos palácios. Nem o adversário mais severo da legenda imaginaria fim tão melancólico.
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