Eu conheço gente que fez a sua parte com rara coragem, muitas vezes para ajudar quem tinha tentado destruí-los. Estes não falam sobre o assunto não porque não possam ou não tenham provas, como acontece com parte dos heróis que recebem polpudas mesadas do Governo, mas porque acham que não vale a pena. O que fizeram tinha que ser feito e ponto final.
Uma das grandes qualidades, se não a maior de todas, das democracias é que elas garantem o direito de cada um falar o que tiver vontade, até quando a fala propõe a destruição da própria democracia.
Não existe ditadura ou semi-democracia que permita isso ou vagamente se aproxime disso. O Estado corta a fala – ou o mal – pela raiz, num movimento rápido, que pode ir de uma pressão mais forte e evidente até a prisão do falador.
A quantidade de mentiras que têm sido ditas no Brasil de hoje apavora. E como o brasileiro se esquece depressa, a tese de Goebles, o Ministro da Propaganda de Hitler, floresce numa velocidade espantosa. Segundo ele, uma mentira repetida mil vezes se torna verdade.
No Brasil, isso é duas vezes mais verdade. Quantas vezes já me disseram isso ou aquilo, sem parar para pensar que o que estavam dizendo simplesmente não era possível porque não fazia sentido?
De apartamentos mirabolantes a atos de coragem sob fogo, vale tudo. Por isso, preste muita atenção ao que te dizem ou você lê. Há uma enorme chance de estarem tentando te levar no bico.
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