domingo, 12 de julho de 2015

Sem controle, o Bolsa Família virou festival de fraudes

O governo enfim está reconhecendo o desvirtuamento do programa Bolsa Família, que se tornou a maior arma eleitoral dos candidatos do PT e agora está encontrando cada vez mais fraudes, inclusive políticos com mandato. Em 2013, pela primeira vez, o Ministério do Desenvolvimento Social resolveu investigar distorções no programa e os resultados da apuração foram surpreendentes.

Um total de 2.168 políticos eleitos no ano passado e que assumiram cargos de prefeito e vereador foram flagrados como beneficiários do programa Bolsa Família e o governo teve de bloquear os benefícios de todos eles. Havia até vereador de Fortaleza envolvido, vejam a que ponto chegamos.

Agora, outra auditoria levanta novas fraudes, envolvendo os próprios servidores públicos responsáveis pela gestão do programa. A suspeita é de que 16.915 funcionários e 183 gestores estejam recebendo o dinheiro de forma irregular. O governo federal determinou aos municípios que investiguem os casos.

É claro que funcionários públicos podem ser beneficiários do programa, desde que se encaixem nos pré-requisitos: a família precisa ter renda mensal inferior a 154 reais por pessoa. Mas a falta de controle levou ao festival de fraudes.

Em nota, o Ministério informou que os pagamentos desses funcionários foram bloqueados na folha de junho por “precaução”, depois que os processos de controle identificaram a presença dos funcionários públicos entre os beneficiários.

Atualmente, 13,7 milhões de famílias no país recebem Bolsa Família, um programa realmente necessário para apoiar as camadas mais necessitadas. É uma pena que tenha se tornado uma arma eleitoral, pois é mantendo esse exército que os petistas têm conseguido se eternizar no poder, pois a cada eleição avisam que o programa será extinto pelos adversários.

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