sexta-feira, 26 de junho de 2015

A Venezuela na berlinda outra vez

Enquanto na Venezuela o assunto principal continua sendo a denúncia feita pelos Estados Unidos de que Diosdado Cabello é o chefão do narco-tráfico internacional naquele país, conhecido como o “Cartel dos Sóis”, Nicolás Maduro diligentemente manda-o ao Brasil buscar apoio de seus sócios no Foro de São Paulo (FSP), Dilma e Lula.


Apostando na conivência da mídia companheira de viagem e no desinteresse dos brasileiros pela política além fronteiras, Cabello chegou ao Brasil na surdina, no dia 9 de junho, alegando ter recebido “instruções do companheiro presidente Nicolás Maduro, trabalhando pela e para a pátria”. O que foi dito à imprensa é que ele veio “revisar convênios de fornecimento de alimentos, medicamentos genéricos e outros”. O que não foi dito é que ele manteve reuniões secretas com a presidente brasileira - fora da agenda e a portas fechadas -, além de visitar Lula no instituto que leva seu nome e com os presidentes da Câmara e do Senado que o receberam - igualmente sem constar na agenda! - como se fosse uma celebridade que honraria o país com sua visita.

Cabello, que veio acompanhado pelos ministros de Economia e Finanças, Rodolfo Marco Torres, de Indústrias, José David Cabello (seu irmão) e o presidente da Corporação Venezuelana de Comércio Exterior, Guiseppe Yoffreda, ficou no país até o sábado 12, quando ocorria o 5º Congresso do PT. A mídia não comentou mas no discurso Dilma saudou “companheiros estrangeiros” presentes ao evento, nesse mesmo dia, referindo-se, evidentemente, aos russos e a Cabello e companheiros que vieram com ele.

Bem, na semana seguinte um grupo de parlamentares brasileiros resolveu ir à Venezuela averiguar a situação dos presos-políticos, a escassez de alimentos, a falta de segurança e de democracia alarmantes que vive aquele país, e teve contratempos mesmo antes da viagem se concretizar. Como seguiriam num avião da FAB, enviaram um memorando pedindo autorização para ingressar no país que foi solenemente ignorado. Finalmente, já no dia 18 partiram para Caracas e lá chegando foram “recepcionados” por um embaixador que desapareceu sem deixar rastro, deixando-os plantados no aeroporto sem maiores explicações. Normal, considerando que este indivíduo obedece ordens do Planalto e, evidentemente, não estava ali para fazer gentilezas a “inimigos”.

A visita encerrou-se a poucos metros dali, pois uma turba de milicianos psuvistas (membros do oficialista Partido Socialista Unido da Venezuela - PSUV) agrediu a van que conduzia os parlamentares e as esposas de Leopoldo López e Daniel Ceballos, não permitindo que prosseguissem em seu destino. Os deputados Ronaldo Caiado, Aécio Neves e Aloysio Nunes gravaram vídeos comentando a situação vexaminosa a que foram submetidos, esquecendo-se, convenientemente, de como agem os comunistas/socialistas ante afronta de inimigos. Sobretudo o terrorista Nunes, que hoje posa de “democrata” sem nunca ter pedido perdão pelos crimes que cometeu no passado, esbravejava ter-se sentido acuado, que era uma falta de respeito com parlamentares de países amigos e outras baboseiras hipócritas, pois para quem foi motorista do assassino terrorista Carlos Marighela e assaltou carros pagadores para financiar seu terrorismo, aquilo não passou de “pegadinha” de crianças em dia das bruxas.


A inquilina do Planalto condenou, como era de se esperar, não a recepção agressiva dos venezuelanos, inclusive a Polícia fechou várias vias para que o carro não prosseguisse viagem, mas a visita dos parlamentares à Venezuela que classificou como uma “intromissão aos assuntos internos daquela país”, atitude que nem ela nem seu mentor Lula jamais respeitaram, conforme nos atestam os fatos ocorridos nas deposições legais dos ex-presidentes Fernando Lugo do Paraguai e Manuel Zelaia de Honduras, só para citar dois casos.

No encontro de Cabello com Lula e Dilma há mais do que quiseram fazer parecer, pois o acosso aos parlamentares brasileiros ocorreu depois de sua visita, e o XXI Encontro do Foro de São Paulo que ocorrerá no México entre 29 de julho e 1 de agosto, traz em suas resoluções uma firme condenação às denúncias dos Estados Unidos contra este assassino narco-traficante, amigo das FARC. Agora, é só aguardar os próximos capítulos dessa novela asquerosa…

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