Campanha teve até camiseta do bloco #Zicazero |
“Começaram a fazer coisas que nunca fizeram aqui”, estranhou a dona de casa Diana Amorim Gonzalez, que contraiu zika há um mês. “Até sofá velho que estava aí largado há muito tempo eles tiraram”, disse Vani Pereira, diretora de uma escola particular de ensino fundamental.
Em conversa com os repórteres, Dilma pressionou o botão do otimismo: “No passado ganhamos a guerra contra a febre amarela, e vamos ganhar contra o zika vírus.” Em seguida, lamentou: “Estamos correndo atrás de décadas de abandono na questão do saneamento.” Absteve-se de esmiuçar as culpas acumuladas nos 13 anos de governos do PT.
Quatro dias antes, o ministro Gilberto Kassab (Cidades) reconhecera que o Brasil “ainda está aquém'' do razoável no provimento de saneamento básico à população. “Por mais que nos últimos anos tivemos melhorias, ainda deixamos a desejar.'' Bingo!
O governo deveria estudar a criação de um programa novo, o ‘Maquiagem sem Fronteiras’. A experiência não pode ficar restrita a uma favela carioca. Em vez de gastar dispersivamente com saúde e saneamento básico, o Tesouro aplicaria o dinheiro num grande projeto de camuflagem. Não elimina o mosquito. Mas, com uma generosa camada de blush, pode-se revolucionar a aparência dos doentes.
Numa segunda fase, o programa pode distribuir um kit de maquiagem para todos os brasileiros. Conteria base branca para tingir o rosto, batom para a pintar a boca engraçada e uma bola vermelha para realçar o nariz. Por último, o Planalto lançaria uma campanha na internet: #somostodospalhacos.
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