Palavras. Tantas gastas para dizer o mesmo a quantos que nem querem ouvir. Mas falar falando, escrevendo, fotografando... tantos e todos querem, em qualquer linguagem.
Comunicação de massa. Novidade única de tempos das distâncias curtas, comportamentos sem fronteiras – até nas fechadas, tudo é quase idêntico no pensar, no vestir, no falar igual em línguas diferentes.
Tudo amplo. Também restrito. Fora do padrão é rejeitado. Sair da caixinha é perigoso. Benção aos iguais. Maldição na diferença. Acesso a tudo. Ainda negado a muitos.
A caixinha – saiba - é caixão de defuntos vivos. Replicantes repetentes repetitivos. Tantos e em modo crescente.
Mas o ano é novo. Quem sabe renovado. Em tudo. Principalmente nas tantas certezas certas. Também nas incertas. Quem sabe dá bom no deu ruim.
Quem sabe escapamos de crises das crises. Quem sabe sorrimos mais e mordemos menos.
Quem sabe descobrimos saber pouco – de tudo. Quem sabe aprendemos mais a ser mais com menos.
Quem sabe escapamos do modelão, da exposição maciça e, na massa, desamarramos cabeça, tronco e membros. Quem sabe ampliamos, desamassamos. Desarmamos. Amamos. De novo. Mais uma vez.
Quem sabe aprumamos. Rearrumamos.
O calendário é novo. Viver é coisa tão antiga. A História é velha. Quem sabe ensina. Quem sabe aprendemos. Não repetimos. Nem rejeitamos – o novo, principalmente.
Quem sabe? Vai saber...
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