quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O presente que o PT me deu

O ano mal começou e lá vem a turma medonha de novo. É Shahin pra cá, Dirceu pra lá. É rolo com Andrade Gutierres, denúncias envolvendo até Aécio e Randolfe. Sérgio Moro ainda nem voltou de férias. Imagina quando reassumir o seu “birô” em Curitiba. Já no primeiro dia útil de 2016, foi pau pra todo lado. Continuou hoje e vai ser assim até que as operações Lava-Jato, Zelotes e Acrônimo revelem seus chefes, que serão provavelmente os mesmos.

A virada do ano não me prometeu nada. Parece um detalhe irrisório, mas não é. Não há promessas, não há esperanças, não existem indicadores que apontem o ano atual como algo que não seja trágico para o país. Pela primeira vez, não há luz. Há somente túnel, escuro e assustador. Após mais de 50 anos, brota a sensação de que o que está por vir será pior do que o que já veio.

Mas este não é o presente que o PT me deu. Foi algo bem pior.

Ter esperanças não é algo que me agrade. Talvez porque derive de “esperar” e eu não gosto de esperar. O PT não teria, contudo, o poder de me fazer perder as esperanças num país melhor. Eles mostraram que são capazes de piorar o Brasil, mas também já confirmaram que não são capazes de melhorá-lo. Por silogismo imediato, para o Brasil melhorar, temos que afastar o petismo do governo do país.

Mantida a fé na turma de Moro, do MP, da Polícia Federal e na crença de que tudo melhorará com o apeamento dos petistas, ainda assim me mantenho em desconforto. Descobri, com o passar dos anos mais recentes, que sou alguém um tanto diferente do que fui. Sei que sou um cara feliz, porque tenho saúde e minha família idem. Só o simples fato de valorizar este aspecto, já me sugere que posso não ter melhorado, mas também não piorei no que mais importa, que é a valorização e preservação da família. Sinto-me, entretanto, mais amargo, sisudo, sério e menos bem-humorado.

De vez em quando, me surpreendo ao me revelar com raiva de fatos, pessoas e fenômenos que, por não ter tido com eles convívio tão intenso no passado, não me alteravam tanto o ser, o agir e o pensar. Este foi o grande e nefasto presente que estes anos de PT me deram: Meu bom-humor e a minha tolerância estão em níveis mínimos, talvez derradeiros, tão comprometidos que estão que suspeito tenham me transformado para todo o sempre. Não gosto nada disso.

Depois de tantos anos abrindo jornais e me chocando com mentiras, roubalheiras, atos sequencias e repetidos de corrupção, depois de mais de uma década tendo de engolir falcatruas enormes em telejornais, rádios, sites e revistas, sou hoje menos brincalhão, mais estressado, menos gentil e mais carrancudo. Eu não era assim antes de Lula e de Dilma. Eles me pioraram e me encheram de rugas de expressão que não são fruto apenas do passar dos anos. Eu não gosto deles por vários motivos e incontáveis razões. Não é apenas porque nos tornamos ideologicamente incompatíveis. Não gosto deles porque são também mentirosos, coniventes com a roubalheira e com a erosão das almas de milhões de pessoas. Eu tenho asco de Dilma e de Lula porque roubaram parte considerável das minhas boas energias. Porque continuam drenando todo dia um bocado de minhas alegrias e do meu respeito pelo povo do meu país.

Lula e Dilma, por insistirem num projeto de poder inepto e vagabundo, me deixaram mais triste do que eu merecia.

Que presente que o PT me deu!

Deus há de me conservar para que eu possa, com multa e juros, retribuir.

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