quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Indígna nação

Cada centavo roubado de alguma estatal é roubado de seu acionista maior, o estado. Cada milhão subtraído dos cofres de alguma empresa cujo estado é o detentor da gestão, é um milhão que terá de ser recuperado através de aumento de impostos. Este incremento tributário, que não é baseado em um pressuposto legal – a contrapartida em serviços públicos – é causador de aumento de preços, que gera perda de poder aquisitivo e inflação. Como se vê, todos nós, indistintamente, somos afetados por causa da corrupção. A matemática é simples e, por ser tão simples, deveria ser melhor ensinada para a classe empresarial brasileira, que vê seus empreendimentos desabarem por perda de competitividade decorrente de necessidade de aumento de preços. Um empresário que apoia um governo corrupto é, portanto, um suicida em potencial.

Lixão da Estrutural fica a apenas 15 quilômetros do Palácio do Planalto. Foto: André Coelho
Ainda nesta linha, se os derivados de petróleo têm aumento interno de preços - mesmo que o preço do produto esteja em queda desabalada no mercado internacional – e este aumento é decorrente de má gestão e corrupção, toda a cadeia de preços de insumos é afetada. O mesmo vale para a energia elétrica e para as demais tarifas públicas. Sempre que elas inflam seus números sem uma contrapartida efetiva, é por causa de fatores, digamos assim, não-virtuosos, dentre eles principalmente a incompetência, a irresponsabilidade e a corrupção. Sempre que esta anomalia (?) acontece, os preços de tudo se tornam irreais e, com isso, a credibilidade na economia se esvai. Um pão de forma custa nove reais? Um refrigerante custa 6 reais? Eis um dos resultados mais maléficos da corrupção e da incompetência: a perda de referência de uma sociedade inteira.

O que causa um misto de indignação e alívio é descobrir que há empresários que tomam bilhões em empréstimos subsidiados em bancos públicos, que compram Medidas Provisórias, que fazem advocacia administrativa e que atuam nas sombras, sabotando leis de mercado e normas morais de conduta comercial e depois...quebram! Corrompem, participam de negociatas, compram anistias fiscais fraudulentas e ficam surpresos ao descobrir que estão a caminho da bancarrota, esta definitiva, terminal, de onde não voltarão. O que fazer com esta indigna nação de empresários ignaros, que acham que podem esgarçar limites ao seu bel prazer?

Eis outro ponto para profunda reflexão. Um banco, por exemplo, quando extrapola suas taxas de juros, explode suas tarifas e extorque sem piedade seus “clientes”, acha que a história vai acabar como, mesmo? O sujeito que toma empréstimo e se vê em dificuldades para cumprir com seus compromissos, porque ficou desempregado ou por conta da carestia, deve ser ainda mais castigado com taxas e custos que certamente ele não poderá corresponder? Um país gerido por este tipo de mentalidade mudou seu enfoque: De um país do futuro para um país sem futuro.

Bancários, empresários, grandes autoridades políticas, saibam a hora de parar. Iluminem-se. Parem de drenar o que sobrou do Brasil, que é quase nada. Entendam que a corrupção e a incompetência deste governo petista VÃO acabar com os negócios DE VOCÊS! Nós, os brasileiros, vamos seguir em frente. Passaremos dificuldades, mas sobreviveremos. Suas empresas NÃO! Seus conglomerados vão desmoronar, suas marcas vão ruir.

Aprendam de uma vez por todas. Fazer acordo com o diabo só é bom até a hora em que ele volta pra cobrar. E o capeta sempre vem...

Nenhum comentário:

Postar um comentário