Inventam justificativas pueris para extorquir o cidadão. Agora, a prefeitura do Rio de Janeiro, ao transferir da Santa Casa para a iniciativa privada a administração dos cemitérios, criou um verdadeiro IPTU dos mortos. Vai começar a ser cobrada dos proprietários dos jazigos uma taxa de até R$ 500,00 por ano a título de manutenção, para começar, sob pena de perda da propriedade em três anos. Isto é para começar. Depois, o céu é o limite.
Ao mesmo tempo, diminuíram a alíquota do IPTU de supermercados para quase a metade e beneficiam os segmentos financeiro e bancário, que, apesar de usufruírem o maior lucro da história, praticamente nada pagam de imposto de renda em comparação com o assalariado. É a tática “Hood Robin”: tirar dos pobres e remediados para dar aos ricos, ao contrário do lendário aventureiro Robin Hood. A indústria de multas prospera inclusive com a sociedade de empresas privadas.
A cada mudança na legislação ocorre mais um assalto ao contribuinte. Tanto na esfera federal, como na estadual e na municipal. Os governantes estão cada vez mais ricos. Vão ao Exterior como o cidadão comum vai à Niterói. Gastam fortunas em festas suntuosas e segurança para si e para seus parentes. Transmitem o mandato legislativo de pai para filho, de marido para mulher, de avô para neto, ancorados em uma sólida base assistencialista e clientelista, usando a corrupção. O empreguismo é desenfreado. E o pior. Pouco é dado em contrapartida. As estradas estão resumidas a uma sucessão de crateras (vide BR-101), a energia vai entrar em colapso em mais um ano caso o Brasil volte na crescer acima de 3 % ao ano. A corrupção campeia em todos os segmentos.
Na esfera privada, progressivamente toda a atividade produtiva vai sendo comprada pelo segmento financeiro. De fato, o segmento especulativo no Brasil agora usa empresas comerciais e industriais para captar clientes cativos e lucrar, de fato, no giro do dinheiro. É por esta razão que, atualmente, é muito difícil comprar à vista em qualquer loja. O desconto oferecido não compensa, quando é comparado com a possibilidade de pagamento no cartão de crédito, em várias parcelas, “sem juros”. É óbvio que o valor dos juros já está embutido no preço estipulado da mercadoria oferecida. Vejam as ofertas das principais lojas de varejo no Brasil. Aceitam o pagamento em 12 vezes, com início até dois meses depois da compra, sempre anunciando, com raras exceções, que o valor é o mesmo tanto para o pagamento à vista como em “suaves” prestações. Evidentemente, não pode ser. Outro exemplo marcante é o empréstimo com consignação em folha para aposentados e pensionistas, com risco zero para os Bancos, que chegam a cobrar até 5% ao mês. É uma das maiores crueldades perpetradas contra os menos favorecidos, os quais estão se endividando brutalmente, estimulados por irresponsáveis meios de comunicação, sem o menor controle por parte das autoridades econômicas.
Mais um exemplo é a chamado Bolsa Família, que agrupou vários benefícios de caráter assistencialista, com finalidade nitidamente eleitoreira. É inclusive um obstáculo à mobilidade social, pois se o beneficiário conseguir algum rendimento adicional legal, perde a doação, abrindo caminho para uma grande quantidade de desvios e descaminhos, favorecendo a economia informal. É criada a cultura do “coitadinho”, onde não é necessário esforço para conseguir o sucesso. Não precisa estudar, nem trabalhar, pois o Grande Pai proverá tudo aquilo necessário. Surgem as quotas e bolsas. Se não possui casa própria é só invadir que lhe será dada.Só que a fonte fornecedora dos recursos está secando, pois cada vez mais existe menos renda na população pagadora de impostos e mais “benefícios” criados pelos malignos.
É difícil combater os malignos, pois seu poder é incomensurável. Controlam os meios de comunicação, elegem representantes no Poder Executivo e no Legislativo. Influenciam até o Judiciário, nomeando “adeptos”. O povo brasileiro merece respeito e dignidade. É chegada a hora de todas as pessoas de bem unirem-se para que, algum dia, nossa Pátria volte a ser o que já foi em tempos passados. Um Brasil soberano, em ritmo de desenvolvimento, funcionando quase a pleno emprego, com uma classe média pujante e com a contrapartida de serviços coletivos dignos.
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