quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Temer navega sem rumo e não tem nenhum projeto para governar o país

É o que se constata do episódio cujo desfecho foi a nomeação da deputada Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho. Não por ela em si, mas pelo processo que antecedeu a escolha. Michel Temer não pensa no Brasil. Só pensa em votos, ora para escapar de dois julgamentos de sua conduta pelo STF, ora em busca de votos que deseja arregimentar para o projeto de reforma da Previdência Social. Não tem planejamento estratégico algum. Tampouco se importa com isso. A economia entregou a Henrique Meirelles. Temer representa um desastre para o Brasil e para o povo brasileiro.

Seus ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves estão na cadeia. Acusações não faltam a outros integrantes de sua administração. E ainda há quem pense em obter seu apoio para sucessão presidencial de 2018. Os argumentos só podem repousar sobre a influência fantasiosa do peso de sua máquina administrativa.

Nunca um presidente da República foi tão impopular quanto ele. Nunca um governo foi tão desaprovado pela opinião pública. Eleito duas vezes pelo apoio de Lula, como vice de Dilma Rousseff, somente chegou ao poder pela incompetência da ex-presidente da República.

Como é possível escolher um ministro do Trabalho, Pedro Fernandes, e em seguida retirar a nomeação, em consequência de uma pressão surpreendente por parte de José Sarney? Isso prova que o atual presidente não ouviu o ex-presidente Sarney antes de formalizar a indicação de um ministro que era escolhido, mas cuja escolha foi barrada por alguém que sequer pertence aos quadros do PTB de Roberto Jefferson. O governo Michel Temer é uma autêntica nau sem rumo que não resiste às ondas da realidade.

A falta de rumo e organização espalha-se por todos os setores, principalmente o da saúde, o mais sensível de todos. E a desordem não se restringe apenas ao sistema público. Estende-se a unidades particulares, as quais mantêm convênios com os planos de saúde. É o caso, por exemplo, da Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, na qual a desorganização predomina até para aqueles que recorrem mediante consultas pagas. Foi o meu caso, ontem, ao fazer um exame de imagem de uma lesão muscular. O exame, depois de uma espera de longas horas, não conseguiu ser totalmente realizado. Faltou comunicação de uma médica que saia de um plantão para outro que assumia seu lugar.

Este é o retrato verdadeiro da administração brasileira que foi levada a falência pelas ações diretas e indiretas lançadas no vazio pelo Palácio do Planalto.

No vazio só não: o apartamento de Salvador estava cheio de malas contendo 51 milhões de reais. Esta é a prova mais forte de um sistema criminoso que une os corruptos e divide o povo brasileiro.

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