Eu nunca fui favorável ao impeachment de Dona Dilma, porque sempre achei que seu caso é de interdição por incapacidade civil. Não a incapacidade civil de que trata o Código Civil em seu artigo 1.767. A incapacidade de que falo, na política, é declarada pelo Congresso Nacional, que se resolve no voto, sem pensar em curatela – pois seria necessário, no caso, a indicação de um curador, que poderia ser um pau-mandado do PT, o que significaria trocar seis por meia dúzia...
Porém, é assim que estamos vivendo, nós, brasileiros... Está ruim viver em um país como o nosso, que mais parece um carro velho, desgovernado pela quebra da barra de direção...
Compreendo, até certo ponto, a incapacidade da presidente para a vida pública, já que demonstrou essa inabilidade também na vida privada. Afinal, como se explicar que uma pessoa equilibrada, no fulgor de seus vinte anos, como no seu caso, tenha saído por aí de metralhadora em punho, para fazer valer seu sonho, possivelmente “robinhoodiano”, de viver numa Sherwood comunista?
Aquele que, estupidamente, se diz o homem mais honesto do mundo deve ter escolhido a candidata por um critério de exclusão, de forma a não deixar dúvida alguma de que foi ele, o tal “honesto em excesso”, que fez sozinho a presidente da República. Não podia ser alguém que se distinguisse na sociedade pela cultura, pelo procedimento, ou por qualquer atributo que pudesse, deixando essa dúvida ferir a vaidade pessoal de um analfabeto.
Digo à presidente o que muitos gostariam de dizer: chute o pau da barraca, assuma sua condição de mulher que precisa ser simples, reconheça suas dificuldades pessoais, peça perdão ao povo brasileiro por sua petulância em fazer o papel de presidente – o mais surpreendente: da República, que muitos acham que é das bananas –, e surpreenda seu criador, reconhecendo que os governos do PT acabaram com nosso orgulho natural de sermos nação de um povo feliz e altaneiro, sem ser pedante e metido a besta. Quebre esse galho pra nós, vai...
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