A reunião que selou a decisão ocorreu num gabinete da sede presidencial, envolvendo Macri, o presidente da FPT, Fernando Marín, e o secretário-geral da presidência, Fernando de Andreis. Foi justamente este último quem anunciou semanas atrás que neste ano o Estado pagaria os 1,85 bilhão de pesos (388 milhões de reais) prometidos no contrato de 2016, assinado no começo do ano. Foi também De Andreis quem protestou: “É muito fácil sair por aí pedindo que o Estado seja uma espécie de ambulância para o esbanjamento da AFA”. Uma fonte da Casa Rosada disse que “desta vez o assunto não será resolvido com um grito gutural de Armando Pérez, embora a oratória não seja o seu forte”. Alguns relacionam o anúncio com uma reunião que Marín e seu advogado teriam mantido com gente da equipe de Ted Turner, um velho interessado nos direitos de transmissão do futebol argentino.
A bronca do chefe de Estado ocorre porque a comissão reguladora presidida por Armando Pérez (em viagem à Alemanha) e imposta pela FIFA não cumpriu os três pontos encomendados: administrar, adequar o estatuto da AFA à doutrina da FIFA e constituir uma Junta Eleitoral para convocar eleições. O descumprimento rendeu uma advertência administrativa solicitada pelo Tribunal de Disciplina. “O problema e a solução estão na AFA. Em vez de gastar em coisas disparatadas, no melhor dos casos, pois há sérios indícios de corrupção, deveriam devolver o dinheiro para que tudo fique transparente. Se os clubes deixassem de se financiar por meio da dívida com a AFA, 80% dos problemas estariam resolvidos”, afirma De Andreis. E ele critica: “Com o nível de desperdício, a corrupção, a pouca profissionalização na administração dos recursos e os absurdos pagos em alguns casos, não tem bolso que aguente”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário