quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Sem programa específico, Brasil põe refugiados no Bolsa Família

Reuters
O programador Ali*, de 34 anos, era um homem rico na Síria. Ganhava US$ 4 mil (cerca de R$15 mil) por mês, tinha carro e foi um dos melhores alunos da sua pós-graduação.

"Aqui no Brasil, sou pobre", conta ele, que se mudou há um ano e sete meses para o país sul-americano fugindo da guerra civil.

Sem renda, a solução foi recorrer a um programa criado originalmente para retirar brasileiros da miséria: o Bolsa Família.

Assim como ele, cerca de 400 imigrantes sírios que vieram para o Brasil estão no programa, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O número se refere a julho. A pasta não informou o valor específico recebido pelos sírios – o benefício médio do programa é de R$ 167 mensais por família.

Após facilitar a entrada de refugiados sírios, o Brasil passou a ser o país que mais recebeu pessoas desse grupo na América Latina. Segundo dados do Ministério da Justiça, 2.097 refugiados sírios vivem no país atualmente – o maior grupo entre os 8.530 refugiados do Brasil, à frente dos angolanos, que são 1.480.


Assim como ele, cerca de 400 imigrantes sírios que vieram para o Brasil estão no programa, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O número se refere a julho. A pasta não informou o valor específico recebido pelos sírios – o benefício médio do programa é de R$ 167 mensais por família.

Após facilitar a entrada de refugiados sírios, o Brasil passou a ser o país que mais recebeu pessoas desse grupo na América Latina. Segundo dados do Ministério da Justiça, 2.097 refugiados sírios vivem no país atualmente – o maior grupo entre os 8.530 refugiados do Brasil, à frente dos angolanos, que são 1.480.

Mas, sem falar a língua e em meio à crise econômica, muitos deles – apesar de terem qualificação profissional – não conseguem emprego. O governo brasileiro, diferentemente de outros países, não tem um programa específico apenas para refugiados que ofereça diretamente ajuda financeira a eles.

O número de sírios no Bolsa Família tem crescido desde 2013, ano em que o Brasil facilitou a concessão de vistos.

Em dezembro daquele ano, sete famílias com pelo menos um sírio – ou cerca de 25 pessoas ─ estavam entre os beneficiários do programa. Hoje, são 163 famílias.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, responsável pelo programa, usa o número de famílias, e não de pessoas, para a comparação.

No total, 15.707 famílias com estrangeiros estão no programa.

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