sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Brasil sem pai nem mãe

"É lógico que ela pode errar, como eu errei e como qualquer um erra enquanto mãe. Nem sempre a gente faz as coisas que são 100% aceitas pelos filhos", disse Lula na terça (11). "Mas quando ela errar, ela é nossa mãe e temos de ajudá-la a consertar".
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Há algo de mais atrasado vindo de uma pessoa que já foi o presidente mais popular de uma democracia de 200 milhões de habitantes?

A regressão política faz com que Lula parta agora para uma tentativa de regressão psíquica da sociedade.

Para que essa sociedade, assustada e perdendo empregos, os veja como papai e mamãe que só pisaram na bola. Que espere, suporte, se conforme e ajude o PT e a presidente mais impopular do Brasil a tirá-los dessa situação.

Lula acha que sabe o que faz e que conhece seu público: o país da "Pátria Educadora", de maioria pobre e educação ruim.

Mas nesse processo de regressão, Lula e Dilma estão sendo obrigados a se fechar só no que ainda resta: a base social do PT "hardcore"; agora financiada com dinheiro de toda uma sociedade que desaprova em massa o governo.

Como a tal Marcha das Margaridas em Brasília na quarta (12). Contraponto aos prováveis protestos de domingo e recebida por Dilma, teria reunido 30 mil pessoas, segundo a PM. Ao custo de R$ 855 mil da Caixa Econômica Federal, do BNDES e da Itaipu Binacional.

Apesar da grande popularidade de Lula e Dilma nos seus melhores momentos, eles pouco fizeram para transformar estruturalmente o Brasil que governam há 12 anos e meio.

Lula surfou na onda das commodities em alta e no maior ciclo de crescimento global (até 2007) do pós-Segunda Guerra. Não fez reformas que pudessem ajudar a melhorar as contas públicas no longo prazo. Só ampliou gastos.

Dilma pegou o bastão com o país crescendo 7,5% e com problemas à época relativamente fáceis de resolver. Inventou estratégias econômicas extravagantes e também nada produziu de novo para mudar o estrutural. Só ampliou gastos.

Vivemos um longo período sob gastos públicos, crédito e consumo em alta.

Enquanto a indústria perdia a metade de sua participação no PIB, investia-se pouco e importávamos para valer, criando empregos lá fora.

Só agora, pelas mãos de um ministro adotivo, mamãe impopular quer passar no Congresso, a toque de caixa, reformas que poderiam ter sido feitas em três longos mandatos populares. Como perdemos tempo
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