Quem se lembra de que tudo começou com Paulo César
Farias, tesoureiro de campanha de Fernando Collor, hoje amicíssimo de
Lula e Dilma, em 1989? Foi quem causou o primeiro processo
de impeachment da América Latina, em 1992.
Morto em 1996, num misterioso suicídio duplo junto com a
namorada, foi apontado pelo irmão do já presidente como o testa de
ferro em diversos esquemas de corrupção que arrecadaram em torno de meros
R$ 15 milhões.
De lá pra cá, parece que os esquemas foram aperfeiçoados à
exaustão e, quem diria, justamente por quem era adversário ferrenho do Homem
Daquilo Roxo (a baixeza sempre foi deles). O sanguinário PT foi à forra das
denúncias do então candidato vindo das Alagoas. Mas hoje, com o tempo, passou a
trocar sempre elogiosos afagos com o antigo adversário.
Os homens de vermelho colocariam em ação em plano para
deixar PC no chinelo. Surgia nas hostes petistas Delúbio, o tesoureiro do
partido e do mensalão, que acabou condenado e ainda cumpre uma peninha de dar
dó. Pela primeira vez um profissional da área era condenado depois de pintar e
bordar a até então maior rede de corrupção brasileira.
O país acreditou piamente que era tudo mentira e que nunca
existiu mensalão com o tesoureiro na prisão.
Ah, mas existia outra carta, quer dizer, outro clone na sede
do PT, que acabaria por mostrar que que o mensalão foi apenas uma marolinha. O
previsto pelo partido era criar um tsunami corruptivo para assegurar a
dominância completa do país, aniquilando qualquer voz contrária, e precisava
de dinheiro e outro nome capacitado.
João Vaccari Neto, o reserva de Delúbio, iria formar um
prontuário de fazer inveja a muito marginal, mas está sendo blindado e com
proteção partidária para não aparecer sob as luzes das câmeras no Congresso.
Como secretário de Finanças do partido, em 2010, foi réu em
processo de estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem
de dinheiro da Bancoop, cooperativa do sindicato dos bancários da qual era
presidente. Um pequeno prejuízo para instituição de R$ 70 milhões.
Segundo a denúncia do Ministério Público, em vez de aplicar
o dinheiro para erguer apartamentos, a Bancoop de Vaccari desviava recursos
para contas bancárias de seus diretores e para abastecer o caixa 2 de campanhas
do PT, incluindo a que levou Lula à Presidência. Se não bastasse também é
suspeito de cobrar propina para financiar o mensalão no tempo em que exerceu a
função de administrador informal da relação entre o PT e os fundos de pensão
das empresas estatais, bancos e corretoras, embora tenha ficado de fora do
processo que corre no Supremo Tribunal Federal.
Em fevereiro de 2013, depois de quase dois anos de
sucessivas e inúteis tentativas de intimar o bancário, a Justiça de São Paulo
decidiu citá-lo por edital, ou seja intimá-lo à revelia para responder como réu
por formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de
dinheiro. Os oficiais de Justiça foram a vários endereços em São Paulo e em
Brasília, inclusive no PT, mas não encontraram o bancário, que já estava no
Conselho de Administração da Itaipu Binacional, desde 2003, lá colocado pela
vovó anticorrupção, então ministra das Minas e Energia.
São os fatos esquecidos pela heroína da luta contra a
corrupção. Dilma, que tudo vê e tudo sabe (quer dizer, só o que lhe interessa),
continua imaculada pelo crime a que envia certificados de honra ao mérito.
O mesmo elemento, com mandato de quatro anos, desde então
vem sendo reconduzido ao cargo com remuneração de quase R$ 21 mil por reunião,
e tem o mandato garantido até 2016. Mas isso Dilma não sabia. O governo
abrigava desde 2003 um réu quadrilheiro como prêmio de consolação preterido na
disputa pela presidência Caixa Econômica Federal.
Ou seja, o PT distribui prêmios a seus integrantes que mais
delinquiram.. Ou já esqueceram que Paulo Roberto Costa se demitiu da Petrobras
e recebeu carta do ministro elogiando seus randes serviços à nação”?
A historinha que pipoca nos jornais ainda tem mais
personagens, todos chegados à paladina da Justiça. Quando premiou Vaccari com a
Itaipu Binacional também deu cargo de diretora financeira executiva, na mesma
empresa, a ministra da Casa Civil, Gleise Hoffmann, mulher de ministro, e hoje
ambos envolvidos na rede de doleiro.
É incrível a facilidade com que os petistas conseguem se
enredar em crimes com o dinheiro público. Mais ainda surpreendente é como
presidentes desse partido (ou seria organização criminosa?) de nada sabem
vivendo lado a lado, parede a parede, com a bandidagem.
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